Em pouco tempo, a Igreja da Nossa Senhora da Luz ficou cheia para se celebrar a missa do primeiro aniversário da morte de Miklos Fehér. Entre familiares, dirigentes e muitos anónimos, foi ao som dos cânticos do orfeão do Benfica que se iniciou a cerimónia em homenagem ao jogador húngaro, falecido no Estádio D. Afonso Henriques, durante um encontro com o V. Guimarães.
Além dos pais e da irmã de Fehér, János Balla, embaixador da Hungria, Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, e José Veiga, o homem forte do futebol encarnado, também estiveram presentes na missa.
Com a equipa do Benfica a estagiar para o «derby» da Taça de Portugal, o único jogador do clube da Luz que se deslocou à igreja para assistir à cerimónia foi Tomo Sokota.
Tal como na missa do sétimo dia, o padre Delmar Barreiros foi o escolhido para celebrar a cerimónia. Benfiquista assumido, o pároco fez questão de lembrar Miki como o «rapaz que veio de longe para estar connosco, que passou pela vida como um suspiro, mas que teve tempo para nos deixar o seu sorriso».
No final da missa, através da leitura de Paula Pinheiro, vice-presidente da mesa da Assembleia Geral do Benfica, o plantel e a equipa técnica prestaram também a sua homenagem a Miklos Fehér:
Querido Miki,
Faz hoje um ano que pudemos partilhar pela última vez o teu sorriso, hoje recordamos-te com saudade, amigo e companheiro.
A tua partida fez-nos sentir uma dor incomparável, um sentimento de revolta e injustiça, mas, também nos tornou mais fortes no combate às adversidades e problemas que o dia-a-dia nos coloca.
Não podemos dizer que nos deixaste, pois, continuas a ocupar nos nossos corações e mentes um lugar privilegiado, aquele em que só entra quem mais amamos.
Ao domingo, ao entrarmos em campo, sabemos que continuas a entrar ao nosso lado, sentimos a tua força, sentimos a tua alegria ao celebrarmos um golo.
Temos saudades, sentimos a tua falta, mas, Miki, temos a certeza que onde quer que estejas, estás a olhar e a torcer por nós.
Até sempre amigo!
Em nome do plantel e de toda a equipa técnica,
O capitão
Simão Sabrosa