Talisca: «Jogo mais centralizado, pelo meio do campo»

Talisca, figura das primeiras dez jornadas da Liga portuguesa, nove golos em 14 jogos esta época pelo Benfica, estava nos planos da seleção olímpica do Brasil, que tem jogo agendado para a China, e foi «desviado» para a Turquia, para ocupar a vaga de Lucas Moura no «escrete».

Ficou radiante com a chamada e radiante ficou com o «batismo» no grupo de Dunga, o jovem de 20 anos que o Benfica foi buscar ao Bahia falou ao «Globo Esporte», antes da viagem dos convocados do escrete para Viena, onde vão defrontar a Áustria. 

«Talisca é muito bom, penso assim desde o primeiro treino»

Admitindo algum nervosismo no momento de ser «batizado» pelo grupo, Talisca contou, divertido: «Claro que precisava dar o discurso. Deu um frio na barriga, mas foi tudo bem. O grupo ficou provocando para eu dar uma palavra, mas acho muito legal para você se apresentar para os companheiros e para a comissão técnica. Cantei uma música e contei uma piada».

Yaya Talisca ou Rivaldo da Bahia?

De raízes muito humildes, Talisca contou, sem receios, que passou dificuldades na infância: «Minha família é de Feira de Santana, no interior da Bahia. Minha infância foi sofrida como é o início de toda criança que sonha ser um grande jogador. Passei por dificuldades, mas consegui superar. Não cresci tendo um padrão de vida legal. Não cresci tendo aquela estrutura toda, mas junto com a minha família tudo foi superado. Meus pais e meus tios são muito importantes para mim.»

«Talisca»... porquê?

No bilhete de identidade, o craque benfiquista tem como nomes Anderson Souza Conceição. Ele explica de onde veio esse «Talisca»: ««Quando eu era mais novo, o meu apelido não era Talisca. Era Doda. Meus colegas colocaram esse apelido lá no interior da Bahia. Desde pequeno meus colegas me chamavam assim e eu nem sei o motivo. A minha família me chamava de Anderson mesmo».

Jorge Jesus já o utilizou em diferentes funções, do meio-campo ao setor ofensivo. Qual é mesmo a posição natural do jovem brasileiro? «Jogo mais centralizado pelo meio de campo. Mas o jogador tem que estar preparado para ajudar».