Vão a julgamento todos os arguidos do processo Saco Azul do Benfica. Além do ex-presidente dos encarnados, Luís Filipe Vieira, também a Benfica SAD e a Benfica Estádio estão indiciados por crimes de fraude fiscal e falsificação de documentos.

Esta terça-feira ficou a conhecer-se no Campus da Justiça, em Lisboa, a decisão instrutória e, aí, o juiz considerou que o Benfica é suspeito de pagar serviços para retirar fundos do clube «sem deixar rasto». Um dos casos em cima da mesa foi o pagamento de 1,8 milhões de euros à Microsoft, tal como explicou Eduardo Antunes, diretor-executivo na empresa.

Desta forma, Luís Filipe Vieira, Domingos Soares de Oliveira e Miguel Moreira estão indiciados por três crimes de fraude fiscal e 19 de falsificação de documentos. Também a Benfica SAD vai responder por dois crimes de fraude fiscal e a Benfica Estádio está indiciada por um crime de fraude fiscal e 19 de falsificação de documentos.

Estes crimes são imputados em coautoria com a empresa Questão Flexível e o arguido José Bernardes.

De acordo com o juiz de instrução, «os arguidos não forneceram informações credíveis na fase de inquérito» e tinham «plena consciência das faturas emitidas pela aparente prestação de serviços», podendo ser «altamente provável a condenação dos arguidos».

Recorde-se que os factos deste processo «Saco Azul» remetem ao verão de 2016, quando (segundo a acusação) Luís Filipe Vieira é suspeito de recorrer a um esquema para retirar verbas dos cofres do clube, através de contratos fictícios.