Rui Vitória não acredita num Paços de Ferreira fragilizado, mesmo tendo em conta as dez «baixas» no plantel de Jorge Simão. O treinador do Benfica já trabalhou na Mata Real [na temporada de 2010/11], conhece bem a filosofia do clube e, tendo isso em conta, com mais ou menos ausências, espera sempre um adversário aguerrido que vai colocar muitos problemas à sua equipa.

Salvio apto, Lisandro ainda de fora

«Se há coisa que aprendi há muito anos, até aqui na minha primeira passagem pelo Benfica, é que não há nenhum jogo que seja comparável jogar contra o Benfica. É sempre diferente. Se estamos a contar com o que quer que seja fragilizado, estamos enganados. Vamos encontrar uma boa equipa e faço já aqui um elogio ao campeonato que o Paços tem feito. Conheço aquela gente e sei que é de lutar até à exaustão. Vamos ter um adversário que nos vai dificultar a vida. A nós resta-nos ir para o jogo, ir à procura constante da vitória. Vamos à Mata Real para ganhar», começou por destacar na antevisão do jogo da 23ª jornada da Liga.

O Paços está no sexto lugar da Liga, mas a verdade é que já não vence um jogo há cinco jornadas. Uma boa altura para o Benfica visitar a Mata Real? «As questões da boa altura não lidamos com isso. Estamos a mobilizarmo-nos de tal forma que queremos é vitórias para nós. Estão todos a trabalhar bem e o grupo merece. Fosse mais ou menos difícil, e amanhã prevejo um jogo dificílimo, estamos todos mobilizados, sem fazer cenários se vai ser mais fácil ou mais difícil», insistiu.

Além dos resultados negativos, entre indisponíveis [o Paços tem 3 jogadores emprestados pelo Benfica], castigados e lesionados, Jorge Simão conta com dez «baixas» no seu plantel e teve de chamar dois juniores para compor a convocatória. «Não ligo muito a isso. Qualquer jogador que tenha jogado há oito dias pelo Paços, amanhã vai ser um jogador diferente. Há um envolvimento diferente, é um adversário diferente, um cenário diferente», comentou.

Um jogo «dificílimo» para o treinador que, nesse sentido, conta com o apoio em massa dos adeptos. «É um estádio sempre pequeno, mas muito agradável para se jogar, porque se sente a presença dos adeptos. Diria que vai ser novamente um mini-estádio da Luz. Os adeptos vão ser importantíssimos para aquilo que pretendemos. Vamos trabalhar muito e esperar que do exterior venha aquilo que tem vindo e nos ajude a ganhar», destacou ainda.