Ainda combalido pela derrota a meio da semana para a Liga dos Campeões, que significou também a eliminação da prova, o Benfica recebe neste domingo o líder Sporting com a possibilidade de apanhar os leões.

Para Roger Schmidt, só há uma forma de vencer a equipa de Ruben Amorim. «É uma pergunta fácil. Fazer um jogo muito bom. Estamos felizes por jogar novamente em casa depois de três jogos seguidos fora. É uma boa oportunidade para nos voltarmos a mostrar. O Sporting está a fazer uma época muito boa, ganhou quase sempre e tem só um empate. Mas, se ganharmos, passamos para primeiro e isso diz tudo. Nós também estamos a fazer uma boa época [na Liga] e os duelos diretos, claro, são muito importantes. O nosso objetivo é fazer um grande jogo para mostrar uma reação muito boa e voltar a ganhar», disse, lembrando depois os dois jogos «muitos bons» da época passada com os leões, que terminaram empatados a dois golos.

Roger Schmidt não revelou em que sistema vai montar a equipa no dérbi: se volta ao habitual 4x4x2 ou se mantém o 3x4x3 utilizado nos últimos jogos e que não funcionou na derrota com a Real Sociedad na quarta-feira.

Sobre isso, o técnico alemão ilibou o novo sistema. «Não teve a ver com a defesa a três, na minha opinião. Os primeiros dois golos não têm nada a ver com defesa a três. E no terceiro foi falta de apoio ao lateral no um para um. Isso pode acontecer com defesa a quatro ou a três. Temos de pensar na melhor abordagem para amanhã. Já expliquei porque é que acho que ambas as formações são opção, mas no fim podemos jogar o mesmo futebol com os dois sistemas», destacou.

Schmidt passou em revista o jogo com a Real Sociedad. Disse que não foi surpreendido pela equipa espanhola, mas reconheceu que a equipa não estava 100 por cento preparada. «É minha responsabilidade preparar a equipa nos mais importantes pontos. (...) Esperávamos o que aconteceu com a Real Sociedad. Ao analisarmos o jogo, vemos que o que aconteceu connosco podia ter acontecido com o Inter e com o Barcelona. Foi exatamente o mesmo nesses jogos. Começaram muito bem. A diferença é que connosco foram muito eficazes. Marcaram nos primeiros dois momentos que tiveram. Esperávamo-lo, mas não estivemos 100 por cento preparados para isso. E penso sempre: o que podíamos ter feito de diferente na nossa abordagem?», questionou de forma retórica para depois voltar ao dérbi deste domingo.

«Mas a situação na Liga portuguesa é outra. Temos neste domingo uma grande oportunidade. Claro que há também uma grande pressão associada. Para nós e para eles. Mas conheço os meus jogadores e sei o quanto lutaram no fim da época passada, também num momento difícil, para serem campeões. Como já ganharam esta época um jogo importante com o FC Porto e a Supertaça. Sob pressão tivemos desempenhos muito bons. Os meus jogadores não têm sido perfeitos, mas têm estado sempre motivados e tido uma atitude muito boa. Acredito a 100 por cento nos meus jogaores. Ficámos muito frustrados e desapontados depois da Real Sociedad, mas ontem senti um clima muito bom na equipa. Houve muita autocrítica, insatisfação pela nossa exibição. Agora estamos prontos para fazer um grande jogo», garantiu.