Nélson Veríssimo, treinador do Benfica, em conferência de imprensa, depois da vitória sobre o Sporting (2-0), no Estádio de Alvalade, em jogo da 30.ª jornada da Liga:

[Darwin voltou a ser decisivo. O Benfica não arrisca em ficar dependente do avançado que pode sair no final da época?]

- Julgo que não. O ano passado quando estive na equipa A, o Vinicius também foi o melhor marcador do campeonato, o Seferovic também já tinha sido. As coisas mudam. A própria equipa também sustenta o crescimento do jogador. Num clube como o nosso, os jogadores são contratados, valorizados, depois são vendidos. É normal. O clube depois tem de encontrar outras soluções, que passam por contratar novos jogadores e potenciá-los, como fez agora com o Darwin.

[Gonçalo Ramos cresceu a partir do momento em que deixou de ter a responsabilidade de fazer golos?]

- O Gonçalo é um jogador muito completo. Além da qualidade, tem uma grande disponibilidade física. É o jogador que no processo defensivo liga a nossa equipa. Isso provoca-lhe um grande desgaste para as funções que tem de desempenhar como avançado. Ainda assim, não é nada de estranho para ele, já na formação passou por esta posição. Procura explorar o espaço entrelinhas, para depois, na chegada à área, procurar as zonas de finalização. Além disso, está com capacidade para fazer golo, que é uma das características que ele tem.

[Weigl e Taarabt deram solidez ao meio-campo? São os seus homens de confiança?]

- São todos da minha confiança. Agora temos de olhar para as oportunidades que são dadas aos jogadores e para forma como as aproveitam. Tenos de perceber aquilo que os jogadores naquele momento dão à equipa e nós, olhando para os jogos mais recentes, sentimos um papel importante, mas os que entraram também. O Gil Dias, o João Mário também tiveram um papel importante. Não gosto muito de individualizar, porque umas vezes jogam uns bem, depois jogam outros. O plantel tem 23 jogadores, o treinador tem de fazer escolhas.