Nélson Veríssimo, treinador do Benfica, em conferência de imprensa, depois da vitória sobre o Sporting (2-0), no Estádio de Alvalade, em jogo da 30.ª jornada da Liga:

[Prenda ideal para o dia de aniversário?]

- Obrigado. Claro que foi uma grande prenda de aniversário. Foi uma bela prenda, já agradeci aos jogadores.  Relativamente ao jogo, dar os parabéns ao grupo de trabalho, pela forma como jogámos, diante de um adversário que tem uma ideia de jogo muito vincada. Não podíamos dar tantos espaços nas costas da nossa linha defensiva como demos noutros jogos. Mas, além da profundidade, também havia a questão defensiva em termos de largura. O posicionamento do Diogo Gonçalves foi para controlar as subidas de Porro à direita. Jogámos muitas vezes com um bloco médio/baixo, porque o Sporting obrigou, mas sabíamos que podíamos beneficiar das transições, como aconteceu nos dois golos. O Sporting teve uma ou duas situações próximas da baliza, uma vez na barra. Mas, numa análise global, acho que fizemos um jogo muito consistente, conseguimos, em largos momentos, superar as dificuldades que sabíamos que o Sporting iria colocar.

[A vitória também se deve à forma como Benfica conseguiu bloquear o Sporting depois do primeiro golo?]

- Também passou por aí. A partir do momento em que o Slimani entra, sabíamos que o jogo do Sporting ia ser mais vertical. A certo momento estávamos com dificuldades em controlar o movimento à direita pelo Porro. Daí termos tirado o Everton para meter o Gil Dias. À direita optámos por colocar o André [Almeida], porque basicamente tínhamos o lateral direito [Gilberto] a defender como terceiro central e o André fazia isso bem o ano passado. Além de controlarmos a profundidade, tínhamos de controlar a largura do Sporting que ia partir para situações de cruzamento. Acho que conseguimos e os jogadores estão de parabéns por isso.

[Crescimento da equipa nos últimos jogos não devia permitir á equipa técnica continuar em funções?]

- Os resultados ditam tudo, não é? Acima de tudo, a equipa percebeu que jogando contra equipas de grau de dificuldade maior, há momentos que temos de ter capacidade para defender baixo. Independentemente de sermos o Benfica, com equipa com uma dinâmica para jogar mais à frente, frente a determinadas equipas isso pode não ser viável. Acima de tudo é perceber as características dos nossos jogadores, tendo em conta a estratégia que teremos para o jogo, face as características do adversário. Um clube não pode pensar assim, uma equipa técnica não serve, agora já serve. Sei desde o inicio o que está a passar-se com a direção, não há aqui nenhuma critica subjacente.