Alfacinha de gema, Beto afirma-se convertido ao Norte. Por isso o Maisfutebol lançou-lhe um desafio: uma conversa na cozinha. O guarda-redes do Leixões abriu as portas do centenário Café Requinte, propriedade da namorada, em Matosinhos, e conversou sobre a excelente época que está a fazer enquanto preparava uma francesinha.

Falou sobre o passado, sobre o Leixões, sobre a Selecção e sobre o futuro. Logo de entrada confessa um amor para toda a vida: Matosinhos. «Sou de Lisboa e gosto muito de Lisboa, mas este será sempre o meu porto de abrigo», garante. Do Leixões, é só elogios. «É um clube com mística, um clube com história, um clube apaixonante».

Os tempos correm felizes, portanto. Mas nem sempre foram assim. Formado no Sporting, o guarda-redes representou durante onze anos o clube de Alvalade. Chegou a ser campeão nacional e a trabalhar ao lado de Schmeichel. Depois disso não lhe foi renovado contrato. Foi para Chaves e para o Marco. Onde esteve nove meses sem receber.

O coração mandava-o seguir o futebol, claro. Beto insistiu até que o Leixões marcou a curva no destino. No final de uma época que o coloca para já como o guarda-redes mais pontuado do Maisfutebol, pensa em outros voos.

Enquanto isso, Beto alimenta o sonho de ir à selecção. Um sonho que recusa deixar morrer. «O meu sonho de ir à selecção e de ir ao Euro 2008 não morreu. Não tenho sido uma das escolhas de Scolari, mas respeito totalmente porque tanto o Ricardo, como o Quim, como o próprio Rui Patrício estão lá porque têm valor e porque merecem», frisa.

No final da conversa, já cheira bem. A francesinha está pronta e pelo aspecto promete. Vai uma vista de olhos?