Joseph Blatter, presidente da Federação Internacional de Futebol (FIFA), defendeu esta quinta-feira a profissionalização dos árbitros, a reforma da lei do fora-de-jogo e a exibição do cartão vermelho em caso de simulações de falta.
Questionado sobre o caso de Robert Hoyzer, o árbitro alemão julgado por corrupção, Blatter reafirmou a necessidade de profissionalizar. «Essa é a solução. Já o digo há dez anos. Se for profissionalizada a arbitragem, então tornar-se-á um emprego. E quando se vai trabalhar não se faz batota, há honra profissional», afirmou o presidente da FIFA à revista desportiva alemã «Kicker», assegurando que o futebol actual gera dinheiro suficiente para pagar ordenados aos árbitros.
Blatter, que considera que os árbitros deveriam ganhar cerca de 100 mil euros por ano, admitiu a possibilidade de alterar a regra do fora-de-jogo, passando a ser sancionada só quando o jogador que recebe a bola esteja em posição adiantada, sem ter em conta os outros jogadores que possam estar em posição irregular. «O meu desejo é que só o jogador que receba a bola possa ser considerado em fora de jogo. Falei sobre isto com Jan Koller e Milan Baros, assim como Ronaldinho e Schevchenko. Os avançados ficaram muito satisfeitos com a ideia», contou.
A terceira proposta de Blatter prende-se com a mostragem do cartão vermelho directo aos jogadores que simulem sofrer faltas. O dirigente considera que a atitude é «um roubo para os outros jogadores, o árbitro e o público».
Perante a possibilidade de se utilizarem recursos técnicos para diminuir os erros dos árbitros, Blatter mostrou-se céptico, comentando que só se podem introduzir reformas que possam ser aplicadas em todas as categorias de futebol, desde as divisões inferiores até às ligas profissionais.