Manuel José
O extremo adaptado a defesa direito nunca perde a vontade de provar a sua vocação atacante. Sobe no terreno sempre que tem oportunidade para isso e, com a qualidade de passe e de remate que se lhe reconhece, é um dos elementos que mais desequilibra no Boavista. Excelente o cruzamento que deu origem ao primeiro golo da partida.
Paulo Jorge
A tarefa até estaria mais destinada a Oravec, mas foi Paulo Jorge que surgiu a cabecear no centro da área do Marítimo para o 1-0. Fugiu bem à marcação de Briguel e com um mergulho perfeito colocou os axadrezados na frente do marcador, provando que as suas armas não se limitam à velocidade e capacidade de tirar adversários do caminho.
Paulo Sousa
O meio-campo do Boavista é um verdadeiro clube de combate, mas Paulo Sousa confere-lhe um maior dinamismo de atacante graças à simplicidade e coerência com que encara cada lance. Excelente sentido posicional, capacidade de antecipação e muita rapidez a lançar os ataques.
Marcinho
O vagabundo da frente de ataque insular é um verdadeiro artista da bola. Parte sem qualquer receio para cima dos adversários e, com fintas curtas e rápidas, causa problemas a qualquer defesa. Foi o maior dinamizador do futebol ofensivo do Marítimo na primeira parte, mas baixou de rendimento na etapa complementar, uma vez que foi obrigado a recuar no terreno depois da entrada de Zé Carlos.
Marcos
O guarda-redes brasileiro até foi batido no primeiro remate digno desse nome efectuado pelos avançados do Boavista, mas isso não o impediu de realizar uma exibição soberba, sobretudo na segunda parte. João Pinto, Ricardo Silva e Oravec estiveram muito perto do segundo golo e, na verdade, só não o conseguiram porque pela frente encontraram um dos melhores guarda-redes da Liga portuguesa.
Zé Carlos
Entrou no início da segunda parte e esteve 30 minutos sem fazer absolutamente nada até que, à entrada do último quarto-de-hora, mostrou a sua veia goleadora, dando a melhor sequência a uma assistência de Filipe Oliveira após um contra-ataque simplesmente perfeito do Marítimo. Um ponta-de-lança é assim: letal quando menos se espera.