Erwin Sánchez compareceu na sala de imprensa após a vitória do Boavista sobre o União da Madeira e, na sequência das questões colocadas pelo Maisfutebol, teve sobretudo de abordar a sua continuidade como técnico dos axadrezados na próxima época. O treinador boliviano revelou que o futuro vai ser decidido numa reunião com os dirigentes axadrezados e salientou também importância da permanência, já garantida na última jornada, após chegar a meio da época com o Boavista numa situação delicada: 

«Esta festa aqui hoje faz-me recordar o ano 2000. Desta vez, não fomos campeões em título, mas fomos campeões do sofrimento, do trabalho, do querer. Queria dar os parabéns a todos neste clube. Foi duro. Estes meses não foram meses nada fáceis. Mas com muita entrega e superando por vezes algumas dúvidas este grupo de trabalho conseguiu o seu objetivo e merece este prémio de todo o estádio estar a festejar com eles. Estamos muito satisfeitos por ter alcançado este objetivo da manutenção, que quando chegámos parecia longínquo. Não foi um trabalho individual, mas coletivo. Só união de todos os boavisteiros seria capaz, como foi, de tirar o Boavista da situação em que se encontrava.»

[Sobre a continuidade como treinador do Boavista] «Fiquei no relvado a falar com a claque e a seguir vamos comer bolo, porque é o aniversário deles. Se me pediram para ficar? Não posso garantir que vou continuar na próxima época. O que está estabelecido é que para a semana conversaremos com o presidente sobre o que é melhor para o clube e sobre o que eu quero para a minha carreira. Tínhamos falado nisto na última sexta-feira e desde então não voltámos a tocar no assunto. [Mas tem vontade de continuar?] Sim, tenho vontade de continuar. Já o disse e não escondo. Mas quero saber que ideias a direção tem para o clube.»