Martelinho começou a jogar futebol no Feirense, aos 12 anos. Esteve quatro épocas em Santa Maria de Feira, sendo contratado pelo Boavista aos 16, para os juniores. Desde aí, mantém uma ligação ao clube do Bessa que já dura 10 anos. Na primeira época de sénior, foi cedido ao F.C. Marco, de onde voltou para se estrear na equipa principal do Boavista, então treinada por Manuel José. Mas a rodagem continuou, na época seguinte, no Aves. Após a experiência no Minho, deu-se o regresso definitivo ao Bessa, onde já conta cinco épocas consecutivas. 
 

-- Jaime Pacheco é o mentor do Boavista campeão?

--- Mais do que tudo, é nosso amigo. É uma pessoa com quem podemos falar, rir, brincar, conversar. É um de nós. Se for preciso, leva porrada nos treinos, é igual a um de nós. Está no Bessa há três anos e meio e o trabaho está bem à vista. Vou estar-lhe eternamente grato, porque foi o treinador que mais apostou em mim. Mas ele não precisa que digam bem dele. O que fez no Guimarães e no Boavista fala por si. O muito que ganhou como joagador, então, diz tudo. Espero que continue no Bessa. 

-- E Manuel José?

-- Sim, não posso esquecer o Manuel José, que me lançou. Não me esqueço dessa situação, foi uma surpresa para mim e apesar de o Boavista ter sido eliminado, acho que fiz o meu melhor. Ele era assim, às vezes apostava nos jovens sem se esperar, avisava antes. Falou comigo, tinha só 18 anos, não tinha experiência e tentou tranquilizar-me. Fiquei fascinado com todo aquele ambiente, foi um espectáculo. No Bessa, entrei a meio do jogo.  

-- Foi o seu ano de lançamento.

-- Nesse ano, vinha do F.C.Marco, onde estive emprestado uma época. No final, o Manuel José considerou que eu precisava de rodar mais e estive no Aves. 
 

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