Declarações do treinador do Boavista, Vasco Seabra, na sala de imprensa do Estádio do Bessa, após a vitória por 3-0 ante o Benfica, em jogo da sexta jornada da I Liga:

«A forma como os jogadores batalhavam e trabalhavam todos os dias, deixava-nos confiantes de que [a vitória] seria uma questão de tempo, mas um tempo que queríamos encurtar ao máximo. Penso que hoje foi inequívoca e merecida e é um prémio para os jogadores. Uma vitória merecida pelo que têm sido e pela forma como têm acreditado. Aos adeptos, que não deixaram de acreditar: tivemos um incentivo deles no caminho para o estádio.»

«O que procurámos fazer, foi sermos capazes de pressionar o Benfica na sua saída do meio-campo, que pudéssemos ser pressionantes e que as nossas linhas se mantivessem compactas e coesas, pressionando dentro e fora, para conseguirmos recuperar a bola e sair com critério. Não queríamos que a equipa defendesse demasiado junto à nossa baliza, isso não permitia que as nossas saídas fossem ferozes, como foram. Claro que o Benfica nos empurrou em alguns momentos, mas na maioria do jogo conseguimos ter critério para a forma como saíamos.»

[Esquema diferente:] «O que procurámos com a linha de cinco foi o que acabei por referir: sermos capazes de encurtar o espaço entrelinhas, porque o facto de podermos saltar com o lateral mais alto, permitiria sermos mais pressionantes à frente e que estabilidade defensiva fosse capaz de acontecer, porque teríamos sempre mais um homem na última linha.»

«Um plantel tão vasto como o do Benfica, não parece que seja justificação relativamente a desgastes. Eu percebo e aproveito para desejar sucesso ao Benfica na prova europeia, mas não parece que isso seja motivo para entrarmos por aí. O que procurámos com o Elis foi ter uma ameaça à profundidade, porque precisamos, no momento em que ganhamos a bola, que o ponta de lança tenha capacidade de ferir as costas do adversário.»

[Angel Gomes:] «O Angel é um jogador de equipa, a equipa trabalha para ajudá-lo. É um miúdo com vontade de aprender, tem paixão pelo jogo, em todos os momentos está agarrado à bola e o que sentimos é que ele tem humildade grande para ser um jogador que entrega tudo o que tem à equipa. Sentimos que o Angel tem tido uma evolução importante, mas que todos os outros têm sido uma ajuda incrível. É um jogador que treina no máximo e isso tem a ver com o espírito e a forma como a equipa é no treino.»