A praça nacional segue a negociar em queda, com apenas dois títulos no verde, em linha com as suas pares europeias.

A falência do gigante americano continua a sentir-se em todas os mercados. Depois do Lehman Brothers, os investidores temem mais falências. As atenções voltaram-se agora para a seguradora AIG que viu os seus «ratings» cortados pela S&P e Moodys, o que acaba por dificultar o plano de recapitalização.

Na Europa, as praças seguem com quedas entre os 0,67% e os 2,84% e, em Lisboa, o PSI20 recua 1,22% para os 7.997,81 pontos.

A liderar as perdas está o sector da energia. A EDP Renováveis derrapa 6,06% para os 5,70 euros, seguida da Galp Energia que cede 5,13% para os 11,28 euros. A petrolífera afastou uma eventual parceria com a Repsol, dizendo que está a pensar em tudo menos em casamentos e uniões de facto. Também as acções da EDP recuam por esta altura 1,45% para os 2,99 euros.

Nem ganhos do BCP «salvam» derrocada

O destaque da sessão vai, contudo, para o sector financeiro. O BPI tomba 2,46% para os 2,14 euros e o BES perde 1,18% para os 7,95 euros. Já o BCP impede maiores quedas ao subir 0,42% para os 1,19 euros.

As 3 instituições financeiras garantem que a exposição portuguesa à falência americana é muito reduzida. No entanto, segundo as contas do «Jornal de Notícias», os fundos do BCP são os mais expostos ao Lehman Brothers.

A penalizar estão também os títulos da Sonaecom que perde 2,56% para 1,86 euros. Ainda no sector das telecoms, a PT trava maiores descidas ao ganhar 2,62% para os 7,22 euros. A Oni admite ir para tribunal contestar concurso na área da saúde, que dá vitória à Portugal Telecom. A empresa liderada por Zeinal Bava, garantiu à Agência Financeira estar tranquila, afirmando que «teve a melhor proposta».

Cartão vermelho para o sector da construção. A Teixeira Duarte tomba 2,95% para os 0,92 euros e a Mota-Engil desliza 1,72% para os 3,46 euros. Em entrevista à AF o presidente da Associação Portuguesa de Leasing e Factoring, Beja Amaro, disse que o mercado «vai ganhar novo fôlego» com grandes obras públicas e diz que o parque de máquinas é insuficiente para responder aos investimentos projectados.

Nos Estados Unidos, os futuros apontam para uma abertura em queda.