Diego Souza (ex-Benfica) e Lenny (ex-Sp. Braga) são os mais recentes reforços do Desportivo Brasil. Um humilde clube paulista que nem sequer tem seniores. Confuso? Pois bem, vamos às explicações.
Nesta altura, o Palmeiras tem um acordo com a Traffic, maior empresa de marketing desportivo da América Latina. Devido à parca saúde financeira do verdão, a Traffic adquire alguns jogadores e empresta-os ao clube paulista.
No entanto, como a FIFA proíbe qualquer empresa de ser «proprietária» de jogadores, a Traffic ludibria as leis inscrevendo-os como atletas do pequeno Desportivo Brasil. Que nem seniores tem, recorde-se. A notícia foi divulgada esta terça-feira pelo jornal «Estado de S. Paulo».
Tudo sobre o futebol brasileiro
O Jornal do Incrível
Lenny, por exemplo, tem contrato de três anos com a Traffic, mas o contrato oficial é com o Desportivo Brasil, que emprestou o extremo ao Palmeiras até final deste ano. Depois, se houver uma oferta tentadora pelo jogador, a Traffic vende e entrega 30% desse valor ao Palmeiras. Se nada acontecer, o empréstimo é renovado.
Resta acrescentar que foi a própria Traffic a criar o Desportivo Brasil, um clube com cerca de dois anos de vida. O emblema nem tem ainda sede própria, mas em breve contará com este edifício na cidade de Porto Feliz, perto de Sorocaba. Além da sede, a Traffic garante construir cinco campos oficiais e alojamentos para 180 jogadores.
Até essa altura, o Desportivo Brasil ficará por Barueri e continuará a ceder o seu nome, endereço e número fiscal para a Traffic registrar jogadores famosos e emprestá-los ao Palmeiras. Tudo dentro dos parâmetros legais, como está bom de ver.