Carlos Brito e Domingos Paciência, respectivamente, treinadores de Rio Ave e Sporting, comentam o resultado desta segunda-feira, em Vila do Conde, no encerramento da quinta jornada, em declarações ao «flash interview» da Sport TV.
Carlos Brito, técnico do Rio Ave:
«Não, aos cinco minutos não acreditava [que pudéssemos empatar]. A perder 0-2, frente ao Sporting, uma equipa que ainda não venceu, mas que treinou durante a semana com o sentido de que era possível ganhar ao Sporting, duas distracções deitam tudo a perder. O Sporting até aos 15 minutos justifica, mas depois a partir daí a primeira parte acaba por ser enganadora, já que merecíamos ter feito o 2-1 na primeira parte. Quando tenho criticas a fazer à minha equipa faço-as internamente, mas hoje [segunda-feira] estaria a ser injusto com eles. A perder 0-2 e com uma alteração forçada, só tenho de lhes dar os parabéns. Parece um contrassenso, já que perdemos. Foi pena porque num canto o Gaspar podia ter feito o 3-2 e depois é o Sporting que o faz. Parabéns ao Sporting porque ganhou e aos meus jogadores. Se calhar hoje ganhámos uma equipa, pelo querer que mostraram em campo, com esse contrassenso de termos perdido.»
[Se está preocupado] «Estou sempre, porque nada me foi dado de mão beijada, é pelos resultados que vou fazendo a minha carreira, nunca tive ajuda de ninguém, não sou mediático, serei quanto muito o treinador do povo. Mas não é por isto que vou deixar de dormir, porque temos dado o nosso melhor, apesar de algumas situações complicadas. Sou um homem com a coluna direita.»
Domingos Paciência, técnico do Sporting:
«Fizemos dois golos, mas a partir de uma certa altura a equipa deixou de pegar mais à frente. Tivemos jogos na quinta-feira, talvez por isso, mas não estava à espera. O Rio Ave acreditou e começou a ficar por cima, fez o 2-2, os nossos médios sentiram algumas dificuldades, também com receio dos amarelos, mas felizmente acabámos por fazer o 3-2. E olhando para o jogo a equipa acaba por ser a justa vencedora.»
[Se o Sporting é candidato ao título] «Estão sempre a bater na mesma tecla. As pessoas têm de ter consciência que fizemos uma renovação do plantel, entraram 17 jogadores e, por vezes, até eu tenho dificuldade em comunicar com eles, porque vêm do Peru, da Argentina, da Holanda. Eles sabem que eu quero uma equipa que lute com o Benfica, com o FC Porto e isso demora o seu tempo. Felizmente as coisas estão a correr melhor, foram três vitórias seguidas fora de casa. Vamos continuar a trabalhar, temos consciência que há muito trabalho pela frente, vou tentar ser o mais perspicaz possível para que a minha equipa seja mais sólida, porque se formos mais vezes como no início deste jogo iremos ganhar mais vezes.»