Bruno Alves assegura que as críticas recentes à seleção nacional não causam impacto entre os internacionais portugueses escolhidos por Paulo Bento para o Europeu da Polónia e Ucrânia.
O central do Zenit não se alongou sobre as declarações do treinador Manuel José, um dos técnicos portugueses com maior experiência e que declarou que a seleção andava a viver «num circo».
«A mim não me compete julgar, toda a gente tem o direito a opinião, mas enquanto jogadores tentamos desvalorizar», disse o central em Opalenica, Polónia, cidade que é quartel-general da equipa, para o Euro 2012.
«Penso que as críticas não fazem sentido , porque a preparação foi feita muito antes, já estava tudo programado, nós só tivemos de cumprir o que nos foi pedido, não valorizamos isso», acrescentou.
«Toda a gente tem direito a opinião, mas não quer dizer que nós concordamos», prosseguiu defesa.
Quanto ao timing das declarações de Manuel José e, também, do ex-selecionador Carlos Queiroz, Bruno Alves admite que «não foram num momento oportuno, mas, normalmente, as criticas vêm quando não se tem um jogo feliz».
«Já temos tantas dificuldades... temos um Europeu fora de Portugal, contra as maiores equipas do mundo, queremos o apoio dos portugueses, que acreditem em nós, pois só assim podemos fazer a diferença», declarou.
Mais tarde, Bruno Alves voltou ao tema que dominou a conferência de imprensa e falou das folgas concedidas pelo selecionador Paulo Bento, com o lema de «máxima liberdade, máxima responsabilidade».
«É isso mesmo, temos sempre a responsabilidade de treinar, de estar bem e acredito que o planeamento foi bem feito, concedendo um pouco de espaço, porque a época foi cansativa e longa», destacou o defesa.
«Foi bom estar um pouco em casa, junto da família, para descomprimir um pouco», frisou, para terminar com as críticas à seleção: «Quando nos dão liberdade, é porque a temos a mais, quando não temos, é porque temos a menos.»