Carlos Xavier já eliminou o Atlético de Bilbao, em 1985/86. O antigo médio do Sporting sabe como é passar os espanhóis e seguir em frente na Liga Europa (então Taça UEFA). Os leões de Portugal e de Espanha defrontaram-se nos oitavos de final da prova europeia e o Sporting foi mais forte.
Sporting: memórias felizes do At. Bilbao em Alvalade
«Recordo-me muito bem dessa eliminatória», começou por dizer Carlos Xavier ao Maisfutebol. «Perdemos por 2-1 em San Mamés. Mas conseguimos marcar um golo fora, o que foi bom. Depois, em Alvalade, vencemos por 3-0. Foi complicado, mas passámos. Nós tínhamos uma grande equipa e eles também», recordou.
O primeiro jogo foi em Espanha, a 27 de novembro de 1985, e o médio não jogou, mas estava lá. «Fiquei na bancada, sofri por fora e sofri muito», revelou. «O ambiente em San Mamés foi e é muito difícil. É um estádio e um clube com uma história muito grande», salientou o ex-jogador, que também defrontou o At. Bilbao ao serviço da Real Sociedad (1991-1994).
As coisas mudaram, mas prevê-se uma eliminatória igualmente complicada «com favoritismo partilhado», onde espera que «o Sporting ganhe». «O At. Bilbao tem uma equipa muito boa e joga muito bem», disse, com conhecimento, para acrescentar: «São muito bons tecnicamente, muito rápidos. É uma equipa muito jovem, com jogadores do clube, como a do Sporting. É sobretudo uma equipa para o futuro.»
O que vai acontecer no futuro não se sabe, mas o passado e o presente têm sorrido ao rival do Sporting. Tanto no campeonato, «onde estão a fazer uma boa campanha», apesar do 11º lugar, como na Liga Europa.
Para chegar às meias-finais, após a fase de grupos, o At. Bilbao eliminou o Lokomotiv de Moscovo, o Manchester United e o Schalke 04, mas Carlos Xavier defendeu que, «apesar do mérito e do respeito», o Sporting não tem de ter medo.
«O Sporting também fez um percurso muito bom até chegar aqui. Quem eliminou o Manchester City e o Metalist não tem de ter receio», justificou. No entanto, disse que é preciso, e espera, um Sporting à altura desses jogos, como aconteceu frente ao City, para seguir em frente.
«Uma equipa com garra, determinação, a querer vencer e a deixar tudo dentro de campo. A correr mais do que o adversário. E também com uma pontinha de sorte, como em lances como os que salvou o Patrício», disse para finalizar, recordando a defesa do guarda-redes no último lance no City of Manchester e na grande penalidade em Kharkiv.