Domingos Gomes, antigo responsável pelo departamento médico do F.C. Porto, especialista em medicina desportiva, falou à TVI sobre a polémica lesão de Rui Costa e defende que a existência de um edema era só por si um sinal de que poderia haver uma lesão mais grave.
«Qualquer lesão na estrutura muscular dá claramente um edema, um sinal normal de inflamação da lesão. É um sinal indirecto», destacou o professor de medicina desportiva.
O departamento médico do Benfica detectou o edema e incidiu os tratamentos sobre esse pormenor, sem ver que por trás havia uma lesão mais grave como mais tarde veio se veio a verificar: uma rotura muscular de 2 centímetros na coxa direita que provoca dores quando o jogador apoia a perna e tenta fazer rotações.
Rui Costa chegou a fazer três ecografias, mas nenhuma delas revelou a extensão da gravidade da lesão. «Se a sonda não for uma sonda própria, se a orientação da sonda não apanhar aquele corte, é normal que a situação possa não ser objectiva e não dar nenhuma informação quanto a isso», contou ainda o antigo médico do F.C. Porto.