José Roquette, ex-presidente do Sporting, considerado o homem que revitalizou o clube e organizou um modelo de gestão que ainda hoje é seguido pelo actual dirigente máximo, António Dias da Cunha, na noite do início dos festejos do centenário leonino:
«Eu não estive sozinho na grande mudança que há dez anos se introduziu no Sporting. O que foi feito foi com a colaboração de muitos, com o espírito e a tradição do clube.
O que lhe vai na alma? É uma meta, uma passagem. É um momento muito importante na história do clube, que vai ser vivido com grande entusiasmo, grande sentido de afirmação por parte dos sportinguistas. Tenho a convicção de que muitas gerações continuarão a assegurar que o Sporting tenha o seu lugar entre as grandes instituições do país. Tenho essa enorme fé. Não há nenhuma razão para não acreditar que o centenário do Sporting não possa continuar. Com certeza que vai haver gente para continuar este caminho.
Quem pode continuar o projecto depois de Dias da Cunha? Há várias possibilidades, não é hoje que vamos avançar seja o que for. O Sporting tem dentro de si toda a força e um conjunto de individualidades que qualquer delas pode ser um bom presidente do Sporting. Há alternativas. Eu não estaria disponível, tudo tem o seu tempo e oportunidade. Estou disponível para estar presente nos momentos importantes dos clubes, mas tenho uma vida muito complicada.
Figura do Sporting? A figura do Sporting destes 100 anos é o Visconde de Alvalade, o meu trisavô. Ele não foi o fundador do Sporting, foi o neto dele, mas a figura central da criação do Sporting, o que redigiu os primeiros estatutos do Sporting, que providenciou a capacidade financeira para lançar tudo isto, foi ele. Fará parte das comemorações do centenário um busto do Visconde de Alvalade. Coloco-me no lugar de todos os que serviram o Sporting.
O que falta fazer no Sporting? Falta pagar. Tudo isto é muito bonito, a Academia, por exemplo, mas este projecto implica um grande empenhamento e implica que se tem de percorrer caminhos de austeridade financeira. É um caminho difícil, mas que o Sporting vai percorrer.»