Os aumentos dos preços dos bens alimentares essenciais em Portugal serão menores que no resto da UE, mercê de uma inflação mais baixa, oferecendo também uma oportunidade importante para produtores e empresários agrícolas.

A opinião é do secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, Emanuel dos Santos, que recordou que apesar de ser necessário «estar atento aos desenvolvimento dos preços», Portugal vive «uma situação impar», avança a «Lusa».

«Nunca tivemos a inflação abaixo da média da área do euro e agora estamos a tê-la. Isso tem particular significado, e os efeitos dos aumentos dos preços estão a ser menores em Portugal do que na média europeia», disse.

«Vamos sofrer e estamos a sofrer as consequências dos aumentos, mas não são tão acentuados como noutras partes do mundo incluindo nos nossos parceiros da Europa», frisou.

Desafio ao sector agrícola português

Emanuel Santos manifestou-se igualmente optimista de que Portugal consiga responder adequadamente a «situações pontuais de maiores necessidades» que surjam no país, recordando que o país conta com uma rede de «apoio social que está preparada para responder a eventuais fenómenos localizados que possam ter a ver com estes aumentos».

Ao mesmo tempo recordou que os aumentos dos preços constituem uma oportunidade importante para o sector agrícola português, que deve responder procurando aumentar a produção e a oferta.

«Os aumentos de preços também tornam mais rentável voltar a produzir e por a funcionar algumas terras que não estão a produzir. Desafio também os nossos produtores e empresários agrícolas a que respondam a isso, aumentando a oferta», sublinhou.