O jogo do Bessa ainda não foi esquecido na Luz, apesar de o adversário desta sexta-feira ser outro. O Benfica recebe a Académica num momento particularmente importante para ambos, os encarnados disputam o segundo lugar em igualdade pontual com o V. Guimarães, os estudantes lutam para não chumbar no exame da permanência, mas Chalana não teme a influência da arbitragem. Para o treinador, os encarnados são auto-suficientes dentro das quatro linhas.
«Gosto mais de falar de futebol, foi toda a minha vida. Não sou árbitro, sou treinador. Só reclamei aquilo que vi e que todos viram. Mas eu não disse mal dos árbitros e sim que não apitaram aquilo que foi óbvio, no campo e na televisão. Espero que, esta jornada, o árbitro [Paulo Baptista] seja correcto para os dois lados», defendeu Fernando Chalana, na conferência de imprensa de antevisão da jornada, esta quinta-feira, na Luz.
Para o treinador, «os jogadores é que devem ser os intervenientes no jogo» e, nesse âmbito, só tem a pensar o melhor da sua equipa: o 4x4x2 está a funcionar em pleno desde que assumiu o comando, após a saída de Camacho, a exibição frente ao Boavista foi considerada uma das melhores da temporada. «Estão a jogar cada vez melhor e estão preparados para ganhar amanhã. O Benfica não precisa de ajudas, precisa é que as pessoas sejam isentas», defendeu, depois de lembrar que «cada treinador tem a sua maneira de pensar».
«Quando jogava no Benfica era quase sempre em 4x4x2 ou 4x3x3. Também sou apologista do 3x5x2. Às vezes as coisas saem bem, outras não, depende sempre dos jogadores que temos», reconheceu, contudo.
Da Académica espera, «como todas as equipas que vêm jogar à Luz», a aposta no «contra-ataque», mas também «que seja um bom jogo» e «que o Benfica marque». «Temos de ganhar, o resto fica para os outros», concluiu Chalana, referindo-se às demais questões em redor de um desafio de final de temporada.