A UEFA desvaloriza as últimas revelações sobre o Caso Frisk. Depois da revelação do delegado responsável pelo campo no Barcelona-Chelsea, confirmando que Rijkaard questionou o árbitro da partida ao intervalo e que este mandou o treinador dos catalães sair de uma zona onde estava de forma «inapropriada», o director de comunicação da UEFA defende que não há nenhum dado novo sobre o caso.
«Não sei porque é que a história volta a fazer manchetes agora. Há semanas que toda a gente sabia o que estava no relatório oficial do director de campo», afirmou William Gaillard, director de comunicações da UEFA, em declarações à Reuters. «Esses dados foram tidos em conta nas sanções aplicadas ao Chelsea na semana passada e os relatos agora feitos pelos media não têm nada de novo», informa ainda.
«O Chelsea foi multado e o seu treinador José Mourinho multado e suspenso porque alegou que o treinador do Barcelona foi ao balneário do árbitro e tentou influenciar a forma como esta conduzia o jogo. Isso não aconteceu e foi por isso que o Chelsea foi punido», defende o representante da UEFA.
O assunto volta a desencadear várias versões na imprensa inglesa esta quinta-feira, tanto para reforçar uma como outra posição. O jornal Daily Telegraph apresenta argumentos para defender que as novas revelações não dão razão a Mourinho. O jornal conta que Rijkaard saudou o árbitro ao intervalo, o que o próprio Frisk tinha admitido, e que continuou a conversa enquanto os dois passavam as portas de vidro que levam às entradas dos respectivos balneários. «Só há ali uma equipa a tentar jogar futebol», terá dito o treinador do Barca, até que Frisk interrompeu a conversa, ao aperceber-se das implicações que poderia ter o facto de árbitro e treinador conversarem ao intervalo.
No «Standard Sport» há outra versão, esta a reforçar a tese de Mourinho. Conta o jornal que o relatório de 25 páginas que foi analisado pelo Comité de Controlo e Disciplina da UEFA, e elaborado pelo relator Edgar Obertuefer, não continha uma única referência ao relatório de Frisk. Revela-se ainda que o Chelsea foi surpreendido com esse facto quando recebeu as acusações da UEFA, dois dias antes da audiência que decidiu a suspensão, e ainda pediu o relatório de Frisk, o qual chegou um dia depois.