A economia chinesa deverá continuar a crescer dez por cento ao ano, mesmo com a crise financeira mundial, estimam os políticos e economistas mundiais.

«Comparado com o caos nos Estados Unidos e outras partes do mundo, o sistema financeiro da China está relativamente blindado», disse o economista da delegação do Banco Mundial em Pequim, diz a «Lusa», citando a imprensa oficial.

Para o especialista, trata-se de «uma crise de mercado» própria de um país desenvolvido e os bancos chineses, considerados pouco desenvolvidos, estão «menos envolvidos em transacções financeiras altamente sofisticadas».

Além disso, as enormes reservas da China em divisas externas, que no final de 2007 somavam um bilião e meio de dólares, «impediram que o sistema financeiro tivesse falta de liquidez», reconhece o mesmo responsável.

Recorde-se que os bancos chineses investiram apenas 3,7% da sua riqueza em fundos estrangeiros susceptíveis de serem afectados pela turbulência internacional, revelou o vice-director do Departamento de Supervisão bancária da China, Liu Fushou.

No primeiro semestre de 2008, esta economia cresceu 10,4%, menos 1,7 pontos percentuais que em igual período do ano passado.