«O nível financeiro é bom, mas o que falta é alguma organização». É assim que Paulo Sousa (ex-P. Ferreira), médio defensivo do APOP, explica ao Maisfutebol um caso insólito na recepção ao Alki Larnaca.
Com vários portugueses nas duas equipas, o encontro relativo ao campeonato cipriota correu o sério risco de nem começar. O APOP Kinyras Peyias apresentou o seu equipamento habitual, mas cedo se percebeu que a vestimenta do guarda-redes adversário era exactamente igual, em tons de amarelo e azul.
O APOP jogava em casa e tinha a responsabilidade de mudar o equipamento, mas seria mais fácil pedir a Adam Vezer para fazer o favor. «Ele não quis mudar, o árbitro não se quis comprometer e, por causa disso, em vez de um jogador do Alki, tivemos de ser todos do APOP a arranjar um equipamento à pressa», conta Paulo Sousa.
«Acabámos por jogar com uma camisola de saída, aquela com que vimos para os jogos, e aplicar os números nas camisolas com um marcador», lamenta o experiente médio defensivo, pouco habituado a estas complicações. O jogo lá começou e terminou com uma vitória forasteira (1-3). Vargas marcou o golo de honra do APOP.
Paulo Sousa foi um dos últimos jogadores portugueses a chegar ao Chipre e não se mostra arrependido com a aposta, apesar da falta de organização. «Vim para cá, sobretudo, por questões financeiras, mas este também é um país bonito, bom para se vir. O futebol não atinge o patamar de outros campeonatos, mas com um pouco mais de aplicação isto pode melhorar bastante. Os jogadores portugueses têm vindo para cá com essa intenção», resume o jogador proveniente do P. Ferreira.
O APOP Kinyras Peyias tem cinco portugueses no plantel, para além do polaco Olisadebe: Carlos Marques, Calado, Paulo Sousa, Vargas e Bernardo Vasconcelos. No Alki Larnaca também há vários nomes conhecidos. Nandinho, Chaínho, Mário Carlos e Hernâni formam o clã luso, partilhando o balneário com os brasileiros Jocivalter, Clayton e Elpídeo Silva.