João Cabreira, campeão português de ciclismo, foi suspenso por dois anos, após ter utilizado uma «substância mascarante designada protease», sendo como tal punido por «viciação de amostra do controlo de dopagem». A informação conta de um comunicado da Federação Portuguesa de Ciclismo, enviado para a Agência Lusa.
«A utilização de protease para manipulação e viciação de amostras está há muito tempo descrita. O que acontece é que tem sido difícil detectar-se essa substância. Não é uma substância nova e é uma maneira muito ardilosa de viciar uma amostra¿, explicou Luís Horta, director do Laboratório de Análises de Dopagem.
O ciclista defende a sua inocência. «Estou inocente. Não cometi qualquer acto ilícito, sempre agi de boa-fé, nunca de má-fé, tenho pena que as pessoas não façam o mesmo comigo. É inadmissível. As pessoas vão ter de se responsabilizar na íntegra por aquilo que me estão a fazer», reage Cabreira, também em declarações à Lusa.
João Cabreira afirma desconhecer a substância em questão. «Desconheço esse pó. Nunca ouvi falar, nem nunca o vi na minha vida. Como seria possível alguém meter um pó com o médico do CNAD e toda a gente à nossa volta, durante o controlo. É inadmissível, mirabolante. Irei para onde tiver que ir até às últimas consequências para provar a minha inocência e defender o meu bom nome», conclui o atleta.