A Associação de Clubes Europeus fez saber, pela voz do presidente Karl-Heinz Rummenigge, que rejeitou uma proposta para limitar o tecto salarial dos jogadores. Os grandes clubes preferem, para já, concentrar-se numa proposta para determinar os parâmetros de licenciamento dos clubes para participar nas provas da UEFA.
«Neste momento preferimos ir em frente com o sistema de licenciamento dos clubes e talvez no futuro possamos ponderar a questão do controlo dos custos com salários dos atletas», disse Rummenigge, no final da reunião. De acordo com o alemão, 95 por cento dos clubes estão de acordo com a proposta de licenciamento para as provas europeias.
Particularmente os dirigentes ingleses mostraram muitas reservas em relação à proposta do tecto salarial, que pressupunha que os clubes não pudessem gastar mais do que uma percentagem fixa do seu orçamento total. «Nós não queremos ser penalizados pelo sucesso da Liga Inglesa», referiu o director-executivo do Liverpool, Rick Parry.
Curiosamente quem mais se tem batido por um tecto salarial uniforme para todo o futebol europeu são os clubes continentais, cujas sociedades anónimas têm regras mais rígidas e estão por isso impedidos de cair nas mãos de milionários russos ou árabes. Com esta proposta pretendiam que fortunas pessoais parassem de desvirtuar o mercado.