A Comissão Europeia propôs quinta-feira a criação de um novo mecanismo de coordenação para a troca de informações entre os serviços de informação, as autoridades policiais e judiciais dos Estados-membros para combater "apropriadamente" o terrorismo.

Esta é uma das medidas previstas nas propostas que o comissário europeu António Vitorino apresentou esta quinta-feira aos embaixadores dos Estados-membros, na sequência dos atentados terroristas de 11 de Março em Madrid, que causaram 201 mortos e cerca de 1.500 feridos.

Uma proposta que Bruxelas deve apresentar no final de Março ao Conselho de Ministros da União Europeia prevê ainda a troca de informações entre entidades nacionais e instituições europeias como o Europol e o Eurojust, com o objectivo de "evitar a infiltração de grupos terroristas em actividades legais e lutar contra o seu financiamento".

Entre as prioridades que a Comissão aponta aos dirigentes dos Estados-membros estão a definição de métodos de identificação das organizações terroristas, das suas formas de financiamento e das suas ligações externas.

A Comissão Europeia pretende ainda apresentar até ao final do ano um projecto para criar um registo europeu do cadastro (condenações) para indivíduos ou grupos, "uma medida efectiva" para a luta contra o crime em geral e o terrorismo em particular.