As auto-estradas ajudaram a criar, na última década, cerca de 30 mil empregos indirectos, ou seja, novos postos de trabalho que o investimento feito pela concessionária Brisa nestas infra-estruturas, num total de 3,5 mil milhões de euros neste período, permitiu.

A conclusão é de um estudo divulgado no «Relatório de Sustentabilidade 2007», que a empresa apresentou esta quinta-feira, onde se refere que o impacto dos investimentos da Brisa permitiram gerar na região Norte 13.982 empregos indirectos, seguindo-se o Centro (com 6.338), o Alentejo (com 5.692), Lisboa e Vale do Tejo (com 3.966) e, por fim, o Algarve (com 2.140).

«Criar emprego não se observa apenas na altura da construção de auto-estradas, mas também ao nível de outros sectores que beneficiam desta infra-estrutura. O que se verifica é que a distribuição de postos de trabalho indirectos, ao longo dos últimos dez anos, tem sido feita de forma harmoniosa por todo o País», disse durante a apresentação o administrador António Nogueira Leite.

Construção e indústria saem a ganhar

Orientada pelo investigador universitário independente Alfredo Marvão Pereira, a referida análise vai mais longe e especifica os sectores mais beneficiados: a construção vem em primeiro lugar (com 9.637 empregos), seguida pelas indústrias transformadoras (com 7.592), os transportes (com 3.980) e o comércio (com 3.613).

Considerando o período em análise, 24,6% do investimento foi realizado na região Norte, 26,7% na região Centro, 19,4% em Lisboa e Vale do Tejo, 21,6% no Alentejo e 7,7% no Algarve.

Ainda de acordo com dados da Brisa, o investimento na rede nacional de auto-estradas, no período entre 1976 e 2003, representa em média 0,17 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e 0,75% da Formação Bruta de Capital Fixo.

As acções da concessionária fecharam a perder 1,69% para os 9,26 euros.