Em 2008 aumentou a necessidade de financiamento externo da economia para cerca de 10,2% do PIB (- 8,4% em 2007).

A capacidade de financiamento dos particulares aumentou ligeiramente, interrompendo a tendência decrescente dos anos anteriores. Esse aumento foi particularmente expressivo no 4º trimestre de 2008.

A necessidade financeira das Administrações Públicas em proporção do PIB manteve-se praticamente inalterada em 2008.

A evolução negativa da produtividade aparente do trabalho conjugada com um crescimento das remunerações médias apenas ligeiramente inferior ao do ano anterior, determinou em 2008 um agravamento dos custos de trabalho por unidade produzida.

Em 2008, o PIB cresceu, em termos nominais, 1,8 % e o rendimento nacional bruto (RNB) 1,6 %. Assim, continuou a aumentar o afastamento entre os níveis destes dois indicadores, embora com uma ligeira redução do 3º para o 4º trimestre de 2008.

Aumento da diferença entre PIB e RNB

O aumento da diferença entre o PIB e o RNB traduz o agravamento do saldo dos rendimentos primários com impacto negativo para a economia portuguesa.

Saldo das transferências apresenta variação positiva

Em contrapartida, o saldo das transferências correntes com o resto do Mundo é positivo para Portugal e, apesar de registar uma redução no 4º trimestre face ao anterior, o valor anual de 2008 apresenta uma variação positiva relativamente a 2007.

O saldo entre a capacidade e a necessidade líquida de financiamento da economia tem sido sistematicamente negativo, assistindo-se em 2008 a necessidades de financiamento externo da economia portuguesa na ordem de 10,2% do PIB ¿ mais 1,8 ponto percentual que no ano anterior, mas menos 0,3 ponto percentual que no ano acabado no 3º trimestre.