Os quartos de final da Copa América começam a ser jogados quando já for quinta-feira em Portugal e, com os quatro jogos agendados que ficaram agendados ficou-se também com a garantia de que dois dos países com maior favoritismo à vitória vão ser eliminados.

Confira O CALENDÁRIO da Copa América Chile 2015.

Entre o Chile e o Uruguai só uma das seleções vai passar às meias-finais; assim como Argentina e Colômbia vão discutir entre si um único lugar entre os quatro últimos da prova. Nos outros No Bolívia-Peru, a seleção que seguir em frente manterá (ainda mais, nesta fase adiantada) a posição de outsider da atualidade. Já no Brasil-Paraguai, a seleção canarinha continua a ser favorita passando a ser uma surpresa se for eliminada pela equipa orientada por Ramón Díaz.

O primeiro jogo destes quartos de final será provavelmente o mais aguardado porque com Chile e Uruguai frente a frente a passagem a uma das meias-finais vai ser discutida entre a seleção da casa – e aquela que se tem apresentado a jogar melhor – e o atual detentor do troféu.

O Chile de Jorge Sampaoli, depois de uma semana com polémica fora de campo, respondeu com a maior goleada de entre os 18 jogos até agora realizados: 5-0 à Bolívia (uma das semifinalistas da competição).



A seleção chilena está em grande estilo e surge na máxima força nestes quartos de final. O Uruguai transporta consigo mais o que respeito que é preciso ter pela equipa de Oscar Tabárez do que o fulgor de outras provas, agora exibido pelos chilenos.

O Uruguai tem tradição na Copa América, é a seleção com mais vitórias na prova e detém o título. Mas esta equipa sem Luis Suárez não só é mais fraca como o que tem de experiente já não é compensação suficiente para a falta de dinamismo atacante que no Mundial do Brasil ainda se vislumbrou.

Nesta Copa América, o Uruguai não conseguiu melh0or do que fazer os mínimos para evitar o que seria o escândalo da primeira fase. E não é só pela falta do avançado do Barcelona... Suárez já não pôde estar no Chile. Na madrugada desta quinta-feira Tabárez não poderá também contar com Álvaro Pereira, que tem de cumprir um jogo de suspensão pela soma de cartões amarelos.



Na Argentina, Agüero está recuperado e é a melhor notícia para «Tata» Martino. O avançado do Manchester City deverá voltar ao onze e remeter Higuaín de novo para o banco. No mesmo grupo do Uruguai na primeira fase, a seleção de Messi também não deslumbrou. Mas, ainda assim, jogou o suficiente para mostrar que era a melhor das que estavam em confronto.

Frente à Colômbia, porém, a albi-celeste vai enfrentar um adversário cuja força ainda não se lhe deparou na prova. A seleção de José Pekerman é temível para qualquer um devido ao poder no ataque. Mesmo que este esteja (ainda) desfalcado nesta ronda: Carlos Bacca vai cumprir o segundo jogo de castigo depois da expulsão frente ao Brasil.

Mas os problemas de uma seleção que deixa Jackson Martínez como quarta opção entre os pontas de lança não estão nos goleadores. É a alguma falta de consistência da seleção colombiana no seu todo que pode ser fatal para uma Argentina que pode apenas precisar de um erro para ser letal. E com a lesão de Edwin Valencia e a suspensão de Carlos Sánchez, as perspetivas só podem piorar...



O gesto de Thiago Silva na direção da bancada onde estava Neymar parecia querer deixar a garantia de que a seleção do Brasil se vai aguentar sem o seu grande jogador – que garantidamente não joga mais nesta Copa América. Mas o escrete continua sem convencer.

O problema será mesmo, talvez, Robinho a fazer de Neymar, como disse Firmino. Uma equipa que depende tanto da sua estrela que quer imitá-la em vez de saber jogar sem ela não espanta quando um dos seus dínamos atacantes é um lateral direito que até foi segunda escolha de Dunga para esta seleção.

O Brasil ganhou dois jogos contra dois adversários teoricamente bastante mais fracos pela margem mínima perdeu frente ao opositor mais cotado. Os canarinhos são favoritos contra o Paraguai de Ramón Díaz, seleção que não pode contar com Ortiz e Ortigosa. Mas a questão com o Brasil é a de sempre e é a que tem sido a dos últimos tempos. Além de vencer, ainda falta convencer.

No Bolívia-Peru, o maior prémio é mesmo chegar aos quatro últimos. Pelo menos no que respeita aos dias de hoje. Qualquer das seleções já ganhou a Copa América, mas se o triunfo da Bolívia data de 1963, a vitória do Peru ainda é bem mais velha: 1939. Mas, nesta edição, já mostraram por que são seleções da segunda linha da América do Sul.

Está pior a seleção peruana de Ricardo Gareca no que respeita aos jogadores disponíveis para este encontro, com LoBatón e Ballón a cumprirem castigo. Mauricio Soría não tem jogadores impedidos, mas o selecionador da Bolívia tem de recuperar uma equipa goleada por 5-0 para pô-la a pensar que o que pode seguir-se são as meias-finais...