As melhorias do Beira Mar desde a chegada de Costinha são evidentes e, com isso, já levaram muitos a questionar: deveria o jovem técnico ter vindo para Aveiro antes? Poderia a equipa, desta forma, estar já a salvo por esta altura? Uma questão difícil de responder, mas à qual o treinador aurinegro, como sempre, não se furtou.
«É relativo. Podia ter chegado mais cedo e a equipa estar na mesma. Cheguei quando tinha de chegar, quando os responsáveis do Beira Mar assim o entenderam. Tentei foi trabalhar o melhor possível com um grupo que, apesar de estar em último, sempre me deu a confiança necessária de que se poderia fazer um bom trabalho», reagiu.
«Pressão? Temos de estar concentrados, com o Marítimo apenas conseguimos três pontos e nada mais. É uma pressão boa, é melhor ter este tipo de pressão na I Liga do que pressão nenhuma. Ajuda o jogador a crescer, ajuda o treinador a ser mais forte e o clube a identificar erros para não os cometer na época seguinte», prosseguiu, antes de dizer o que espera do adversário:
«Será um Estoril fortíssimo, determinado, uma equipa com matriz muito forte e jogadores que estão à procura de algo nas carreiras deles, no último jogo em casa da época. Tem feito um excelente campeonato, mas vão defrontar uma equipa do Beira Mar determinada, motivada, e que também luta por um objetivo penso que mais importante até do que o deles.»
«Não me alongando muito, direi que é uma equipa que, juntamente com o Marítimo, V. Guimarães, este um pouco menos, e o Paços tem um denominador comum que não vou dizer para não entregar pontos, mas se fizerem bem o exercício vão perceber o porquê de estarem tão facilmente lá em cima e as outras cá em baixo.»
A grande prioridade será, como tal, ganhar na Amoreira, ou, no limite, empatar. «Tudo ficará decidido no dia 19 de Maio. Pensamos sempre em ganhar, mas, atendendo aos adversários, pontuar pode não ser um mau resultado partindo do princípio que na última jornada o Beira Mar consiga os três pontos, senão é complicado», confessou, concluindo com determinação:
«Penso que temos de manter a humildade. Saber que o jogo com Marítimo já passou, foram apenas três pontos, manter a determinação e concentração diante de uma equipa muito perigosa, com três avançados rápidos, fortes e imprevisíveis. Tem um lateral esquerdo muito bom nas bolas paradas, e há ainda o Steven Vitória que é perigosíssimo no jogo aéreo e nos livres.»