Graça Freitas, Diretora-Geral de Saúde, admitiu a possibilidade do jogo entre o Sporting e o Gil Vicente, duas equipas com vários casos positivos de covid-19, vir a ser adiado, mas adianta que a decisão final caberá às autoridades de saúde locais e garante que o arranque da Liga não está em causa.

«A responsabilidade por avaliar localmente as condições que existem para um jogo se realizar, ou não, é da autoridade de saúde local. Se a decisão for difícil, a autoridade de saúde local pode reunir com a regional e a regional com a nacional e tomarmos a decisão em conjunto», explicou a governante em conferência de imprensa.

O Sporting conta com cerca de uma dezena de infetados, incluindo o treinador Rúben Amorim, enquanto o Gil Vicente também já deu conta de quinze casos positivos. «Neste momento, o que posso dizer é que os colegas de cada uma das Autoridades de Saúde de Barcelos e de Lisboa estão a fazer tudo para ver se há condições que a Liga se inicie quando está programada. Dito isto, se houver, é o adiamento do jogo. Isto, se não for de todo possível realizar o jogo. Não é parar a I Liga. Os outros jogos vão continuar a realizar-se. Mas esta análise é complexa, dado o número de pessoas envolvidas ironicamente nas duas equipas. Estamos a acompanhar de perto esta situação, mas a decisão será sempre da autoridade de saúde local», garantiu Graça Freitas.

Nesta altura, em Portugal, o período de quarentena para os jogadores que tiveram contatos de risco é de catorze dias, mas Graça Freitas admite reduzir o período de isolamento, como já acontece em Espanha e França. «De facto, os dez dias são consensuais para casos positivos porque é mais fácil seguir o percurso de alguém que fez um teste do que acompanhar um contacto de um positivo. Começa a haver algum consenso à volta dos dez dias, o que seria uma ótima notícia porque se encurtaria dos 14 para os dez dias. Mas temos que ser cuidadosos para não aumentar o risco», comentou ainda.