Estrela da Amadora e Maia não apresentaram certidões do Fisco e Segurança Social, mas foram autorizados pela Liga a competir e inscrever jogadores.
Os dois clubes, um da Liga e outro da Liga de Honra, apresentaram durante o defeso uma declaração do IAPMEI, instituto do Estado que apoia as pequenas e médias empresas e o investimento.
Estrela e Maia, em dificuldades devido a diversas dívidas, pediram ao IAPMEI que analisasse os seus casos e tentasse a conciliação com os credores. O pedido foi aceite e a declaração passada nesse sentido também recebeu aprovação da Liga.
Na prática, os dois clubes ganharam seis meses (que podem ser prolongados por mais três) para encontrar uma solução para a crise. Com uma condição: o IAPMEI, para aceitar ser intermediário, exige que passem imediatamente a cumprir rigorosamente as obrigações para com Fisco e Segurança Social.
Este processo, se for concluído com sucesso, pode permitir aos dois clubes autorização para liquidarem as dívidas ao Estado em 150 prestações (12,5 anos). Para isso será necessário que apresentem garantias reais. Um detalhe curioso: para que o IAPMEI aceite o processo é obrigatório que a gerência/administração na origem das dívidas tenha sido substituída.
O caso do Estrela da Amadora é particularmente delicado por existirem diversas penhoras, o que somado às dívidas ao Estado torna o dia-a-dia quase insuportável. No Maia aconteceu a primeira rescisão da época e o treinador também abandonou cedo a equipa por entender que não tinha condições para continuar a trabalhar.