«Não temos informação de planos de fecho de empresas alemãs cá, nem de qualquer tipo de redução de colaboradores. Em relação aos anos anteriores, a percepção que temos é que, mesmo com a crise, este ano foi um pouco melhor do que 2003 e 2005. Mas as perspectivas futuras são mais cautelosas», disse Patrick Schwarz, da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã.
O mesmo responsável acrescentou que a actual crise é «motivo de preocupação, mas não é o fim do mundo. Esta não é a primeira (crise) mas possivelmente é uma das mais aprofundadas. Por isso, temos de nos saber adaptar à situação», atirou.
A verdade é que um inquérito feito por esta entidade a cerca de 300 empresas alemãs, no passado Verão, com um retorno de respostas na ordem dos 24%, mostra que ao nível de planos de investimentos, 31% espera investir mais quer em 2009, quer no período de 2010 a 2012.
«Um terço pretende aumentar os seus investimentos a curto e médio prazo e apenas de 7% das empresas prevê uma diminuição dos investimentos a curto prazo. A médio prazo, o sector da indústria planeia uma diminuição dos investimentos em menor grau, enquanto os sectores do comércio e da prestação de serviços prevêem diminuições superiores», acrescentou a mesma fonte.
Redução de pessoal só para 7% das empresas
Patrick Schwarz deu ainda exemplos de empresas alemãs que estão a apostar em investimentos no nosso país. «Sabemos que a Bosch vai investir cá na área de painéis solares e que a Autoeuropa está em negociações para ter novos modelos em Portugal». No caso da fábrica de Palmela, o arranque dos protótipos da nova Sharan estão previstos para 2009, mas o seu fornecimento apenas se iniciará em 2010. A caminho de Palmela estará ainda um quarto automóvel, previsto apenas para 2011.
No que respeita a planos para contratação de mais colaboradores, um terço das empresas que respondeu ao questionário disse que pretende aumentar em 2009 o número dos seus efectivos, tal como entre 2010 e 2012, estando prevista uma redução de pessoal em apenas 5% a 7% destas empresas.
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