Jesus indicou a Dady o caminho da baliza. Jesus, mas o Jorge, ensinou ao jovem ponta-de-lança o que devia fazer para ser bem sucedido na arte de marcar golos, quando o engenho teimava em não se revelar.
A resposta não podia ser melhor, pois nas últimas sete jornadas, Dady marcou em cinco e é, no momento, o segundo melhor marcador do Belenenses, com sete golos (menos um que Zé Pedro), e o nono da Liga.
Dady está, obviamente, feliz: «Sinto uma satisfação grande em ser o segundo melhor marcador do meu clube e ainda bem que estou a conseguir atingir os meus objectivos. O facto de ter começado a jogar mais vezes, permitiu-me ganhar mais confiança e subir de rendimento, mas o grupo foi importante para que isso acontecesse, corrigindo os meus erros.»
Erros que o olhar atento e a voz crítica de Jorge Jesus apagaram de cena. Primeiro Dady sentiu vergonha, depois colheu a glória. «Nenhum jogador se sente bem com o treinador sempre em cima do que fazemos. Foi determinante e, se dúvida houvesse, agora vê-se que Jorge Jesus estava certo», reconhece Dady, que chegou ao Restelo a meio da época anterior, proveniente do Estoril.
A saída de Meyong para o Levante abriu-lhe as portas da titularidade, até então perdida para o banco de suplentes. Mas engana-se quem pensar que Dady queria ver o camaronês pelas costas. «Meyong ajudou-me bastante na minha adaptação, dávamo-nos muito bem. Era bom para a equipa e o seu regresso, aliás, só ajudaria ainda mais o Belenenses», defende o actual ponta-de-lança.
A sete jogos do final do campeonato e com um pé na final da Taça de Portugal, Dady confessa que ainda tem ambição para mais. «Gostava muito de chegar à final e ganhar a Taça. E se puder marcar golos até à última jornada seria excelente.»