Daúto Faquirá e Rogério Gonçalves, treinadores do Olhanense e da Naval, respectivamente, em declarações, no final do empate deste domingo, na Figueira da Foz:

Daúto Faquirá (Olhanense):

«Vinhamos com o objectivo de ganhar para dar o salto e fugir àquele grupo de equipas que está com os mesmos pontos que nós, mas penso que o empate acaba por se ajustar. Sofremos o golo muito cedo e isso podia ter dificultado o nosso jogo. Depois do golo sofrido estivemos sempre por cima e nem o facto de jogarmos contra o vento nos condicionou. Sabíamos que mais tarde ou mais cedo chegaríamos ao empate, pois apresentámos sempre uma bitola de jogo muito boa. No final a Naval, como lhe competia, pela situação delicada que ocupa na tabela, veio para cima de nós à procura do golo. Penso que nessa altura o golo poderia ter surgido para qualquer uma das equipas.»

Rogério Gonçalves (Naval):

«Entrámos muito bem, soubemos tirar partido de jogar a favor do vento e tivemos quatro ou cinco remates em que podiamos ter sido mais felizes. Pelo que me disseram os meus atletas, o golo do Olhanense é feito com a mão e penso que isso é claro, tendo em conta a reacção dos joagadores que nem festejaram e ficaram à espera de uma decisão do árbitro. A partir daí a equipa reagiu bem, a jogar contra o vento, situação que não é fácil. Só que depois penso que há um lance claríssimo de penalty sobre o João Pedro, em que o jogador é mais rápido do que o adversário que quando lhe tenta tirar a bola ela já não está lá. Além disso, há um fora-de-jogo mal assinalado ao Bolívia que vem de trás e quem está deslocado é o Marinho que não tem influência no lance; e há uma situação de mão na área do Olhanense. Por tudo, isto penso que o jogo foi condicionado pela arbitragem. Ainda assim, penso que terminámos por cima e à procura da vitória. Aceito que o Daúto diga que o resultado se ajusta, mas julgo que é tremendamente injusto para a minha equipa. Jogámos frente a uma equipa que está tranquila, a fazer um bom campeonato mas hoje merecíamos mais.»