Chegou no início de Junho, saiu ao fim de três semanas. A experiência de Denilson no Vietname acabou, depois de meio jogo e um golo. O brasileiro, que já foi um dia o mais caro do mundo, alegou receio de agravar uma lesão que o limita há muito.
A contratação de Denilson pelo Hai Phong Cement, clube do meio da tabela do Vietname, surpreendeu o mundo. O antigo craque, que em 1998 bateu todos os recordes ao trocar o São Paulo pelo Bétis num negócio de 25 milhões de euros e que foi campeão do Mundo pelo Brasil em 2002, assinava contrato por três meses para prosseguir uma carreira há muito abaixo das expectativas.
Denilson, hoje com 31 anos, chegou ao Vietname com pompa e circunstância, mas começou por ficar no banco nos dois primeiros jogos, para desespero dos adeptos. Ao terceiro jogou de início e marcou golo logo no primeiro minuto. Parecia o início de uma bela história.
Mas não foi. Logo nesse jogo os problemas físicos do jogador terão ficado evidentes. Denilson, segundo conta o site «Vietnamnet», «movia-se com dificuldade». Saiu aos 50 minutos e, dois dias depois, anunciou a intenção de deixar o clube, aparentemente a conselho do seu médico, que o avisou de que poderia estar a correr sérios riscos de agravar a lesão na perna direita se insistisse em jogar.
«Lamentamos muito, mas temos de respeitar a opinião do Denilson. Não queremos levantar-lhe dificuldades. O processo de recuperação dele está a ser lento e, se tentarmos mantê-lo cá, também será difícil para nós», afirmou Do Dai Duong, director-executivo do clube, ao «Vietnamnet».