O Deportivo Corunha está de regresso à primeira divisão espanhola, e com influência portuguesa. Com a ajuda de Zé Castro, Bruno Gama e Salomão, o emblema galego só esteve um ano ausente.
Campeão em 1999/2000, na altura denominado como «SuperDepor», a formação dirigida pelo carismático Augusto César Lendoiro atingiu as meias-finais da Liga dos Campeões em 2004. Eliminada pelo F.C. Porto, a equipa espanhola entrou num processo de reconstrução. Más escolhas desportivas e problemas financeiros fizeram com que o clube terminasse em 18º lugar em 2010/2011 e descesse ao «inferno» competitivo da 2ª Liga.
Do plantel que conseguiu a subida fizeram parte três portugueses: Zé Castro, Bruno Gama e Diogo Salomão. Se para o defesa-central esta é a 4ª época no «Depor», para Gama e Salomão esta é a primeira vez a jogar no estrangeiro.
Objetivo cumprido, festa pela cidade
Os galegos venceram o Huesca neste domingo, por 2-1, no Riazor, e confirmaram matematicamente o grande objetivo da temporada. Depois da partida, onde apenas Bruno Gama esteve presente (Zé Castro e Salomão estão lesionados), a festa irrompeu pela cidade.
Casamento perfeito entre cidade e clube
«É fantástico. Quando vim para aqui já tinha esse objetivo, e as coisas correram muito bem. Nem sempre é assim, mas acabou por ser como queríamos, por isso estou extremamente feliz», disse Bruno Gama ao
Maisfutebol.
E qual foi a chave do sucesso? «A principal razão foi a união de todos. Nem sempre é fácil para quem não joga tanto, mas neste caso encontrei um grupo fantástico. Amigos dentro e fora do campo», explicou o jogador de 24 anos.
Diogo Salomão concorda e valoriza o espírito vivido dentro da equipa. «A chave do sucesso começou no balneário, com um grupo unido e coeso», disse.
Ambos a viver a primeira experiência no estrangeiro, Salomão e Gama não tiveram problemas na adaptação. «Correu bem. Estava na mesma situação do Bruno Gama, não conhecia a cidade e tive dificuldades com a língua, mas com o apoio dos companheiros tudo foi superado. O Zé Castro como estava no clube há mais tempo, conhecia como tudo funcionava e ajudou», afirmou o atleta emprestado pelo Sporting.
Já em relação ao momento marcante numa época tão comprida, os dois jovens portugueses têm períodos diferentes a destacar. Enquanto Salomão foca o último jogo em que o Depor até esteve a perder, Bruno Gama, por outro lado, lembra uma sucessão de resultados a meio da temporada.
«Foi uma fase a meio da época em que estávamos em 5º, com resultados muito irregulares. Depois tivemos um período com nove ou dez vitórias seguidas e nesse momento conseguimos mais confiança e alguma margem sobre os adversários», disse.
41 jogos depois, o dia chegou
A subida de divisão foi alcançada, e Bruno Gama vai, ao que tudo indica, jogar naquela que é considerada por muitos a melhor Liga do mundo. «Já pensei nisso, mas muito vagamente. Neste momento ando mais a festejar o que conseguimos. Fico a pensar se já será mesmo ou não, porque foi um campeonato tão longo e sempre a preocupar-me quando é que poderia ser...sempre à espera deste dia. Agora vou continuar a desfrutar, descansar e depois logo se vê», afirmou.
Já Diogo Salomão não sabe onde vai jogar em 2012/2013, e para já não se preocupa muito com o assunto. «Ainda não pensei nisso, quero aproveitar a sensação de ter conseguido a subida e depois ainda vou falar com o meu empresário», concluiu, em conversa com o
Maisfutebol.
Espanha
30 mai 2012, 19:05
Deportivo: a influência lusa no regresso à elite
Com a ajuda de Zé Castro, Bruno Gama e Diogo Salomão, a equipa galega só esteve um ano afastada do principal escalão.
Tiago Lacerda
Com a ajuda de Zé Castro, Bruno Gama e Diogo Salomão, a equipa galega só esteve um ano afastada do principal escalão.
Tiago Lacerda
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