Derlei analisa o F.C. Porto: «Mexeram muito na estrutura da equipa»

Derlei não tem dúvidas: saiu do F.C. Porto na altura certa. O avançado deseja as melhores felicidades ao clube portista e analisa o momento que o clube atravessa.
«Não estou nada arrependido. Penso que foi o momento certo para sair do F.C. Porto após dois anos e meio em que tive grandes alegrias. Estou feliz no Dínamo de Moscovo. Temos que perceber que a equipa do F.C. Porto é muito jovem. Este ano aconteceram coisas que não costumam acontecer. Três treinadores numa época não é de facto normal. Mexeram muito na estrutura da equipa e no plantel. É preciso dar-lhes algum tempo», afirmou depois de ter visto o empate (0-0) do Dínamo com o Boavista.
Derlei falou ainda de José Couceiro. O treinador com o qual não trabalhou no Dragão mas a quem deseja sucesso: «O que conheço é aquilo que ele fez no Alverca e no V. Setúbal, onde teve um trabalho notável nas equipas onde esteve. Espero que tenha a melhor sorte. Tem seis meses para arrumar a equipa e depois para ter melhor sorte no próximo ano. Desejo as maiores felicidades aos jogadores e ao clube. Parte do que sou hoje deve-se às boas condições de trabalho que o clube me proporcionou.»
O ex-portista não esquece os tempos que passou na Invicta e por isso espera que os portistas sigam em frente na prova milionária: «Deixei grandes amigos no F.C. Porto. Foi um clube que me deu grandes alegrias e vou torcer para que conquiste o título. Não só o F.C. Porto mas qualquer equipa que chegue à final da Liga dos Campeões será com todo o mérito.»
Para além de estar atento ao F.C. Porto-Inter, Derlei vai também estar de olhos postos no Barcelona-Chelsea, esta quarta-feira: «Tenho amigos no Chelsea e também o Deco no Barcelona. Esta eliminatória da Liga dos Campeões vai ter em confronto grandes clubes.»
«Fui para o Dínamo para ganhar«
A época no Dínamo só começa em meados de Março. Derlei é conhecido pelos russos como Ninja e foi assim que o presidente Alexei Fedorichev o cumprimentou na bancada de imprensa, onde viu o particular com o Boavista.
«Acho que ficou gravado o facto de me chamarem Ninja e reconhecem-me por isso», afirmou antes de falar sobre a experiência num clube bem diferente dos de Portugal: «Estamos num período de adaptação aos métodos de trabalho, ao clima e a uma nova língua que estamos a tentar aprender. Tem sido fácil, mas é natural que a língua atrase a adaptação. Receberam-nos muito bem e estou muito satisfeito com as condições de trabalho.»
Derlei espera que a experiência continue a ser positiva e só pensa em ganhar. Agora na Rússia: «Fui para o Dínamo para ganhar e se pensasse que não teria a hipótese de ter êxito não tinha ido para Moscovo. Espero que corra como até agora. Fora de campo ainda sentimos dificuldades mas espero que quando começar o campeonato já consigamos falar algumas palavras em russo para facilitar o trabalho. Estamos a aprender russo. O alfabeto é muito diferente do português e a língua é estranha. Mas temos de ir devagar e vamos aprender.»