«O sector das cablagens Português tem vindo a registar perda de níveis de produção nos últimos anos. Depois de 2001, a adesão dos 10 países do Leste Europeu à União Europeia e a crescente globalização da actividade económica mundial provocada pela China e Índia têm vindo a reduzir as vantagens comparativas nacionais», revela em comunicado.
A empresa acrescenta ainda que a produção de cablagens está muito dependente do mercado automóvel «que continua a implementar novas unidades de montagem no Leste da Europa».
Ofertas de trabalho
Em Portugal, a Yazaki vai continuar a centralizar a «expertise» da área das cablagens e actividade de investigação e desenvolvimento (I&D) para a área das cablagens das 15 fábricas da Yazaki Europa. Estas áreas têm vindo a absorver colaboradores internamente, no entanto, a empresa garante que «actualmente não é possível recolocar mais pessoas».
A fábrica promete continuar a apoiar os colaboradores através do Gabinete de Apoio Social e Profissional (GASP), que conta com 274 ofertas de emprego disponíveis em empresas vizinhas e reforço dos programas de «outplacement», que vão permitir reduzir o tempo de transição para um novo posto de trabalho.
A empresa adianta ainda que Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) vai estar nas instalações de Ovar, nos dias 22, 23 e 24 de Setembro para proceder à inscrição dos colaboradores nos Centros de Emprego e para promover sessões de aconselhamento profissional.
«A Segurança Social e IAPMEI também vão estar presentes para esclarecer sobre os instrumentos de protecção social e possíveis sistemas de incentivos à criação de negócios por conta própria».
A outra fábrica do Grupo também localizada em Ovar, a Yazaki Saltano não é afectada por este processo. Em Portugal desde 1986, a Yazaki Saltano, maior fabricante mundial de componentes eléctricos para automóveis, conta com 1.842 colaboradores.
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