«Foi antes da Volta, num controlo fora da competição. Mas, ainda não sei de nada, estava a correr e apenas fui informado», afirmou Nuno Ribeiro à Lusa, confirmando que já não vai competir no Mundial da modalidade, de 23 a 27 de Setembro, na Suíça: «É lógico que não vou.»
Joaquim Gomes, director da Volta a Portugal, lamenta o sucedido e admite as alterações na classificação. «É óbvio que vai ter efeitos sobre a classificação da Volta, mediante os resultados da contra-análise, se for requerida», afirmou, também à Lusa.
«O meu estado de espírito é estranho. Estou triste, porque depois de ter andado largos meses a lutar, num contexto económico complicado para organizar a Volta - sem dúvida a grande bandeira da modalidade em Portugal -, não é difícil de entender a minha desilusão. Resta-me o regozijo de que a luta anti-doping está, finalmente, a levar vantagem sobre os infractores», afirmou ainda Joaquim Gomes.
Na sequência do caso, que envolveu análises positivas a mais dois ciclistas da equipa, a Liberty vai retirar-se. Joaquim Gomes ainda não tem conhecimento ofical da decisão, mas lamenta. «Ainda não temos feed-back dos responsáveis da Liberty Seguros sobre o abandono, apenas ouvi o director desportivo da equipa, Américo Silva, a anunciar que se iria retirar da prova», disse, mostrando «preocupação pela saída de um potencial patrocinador e investidor na modalidade».
A Liberty Seguros confirmou, entretanto, através de comunicado, que retirou o patrocínio à equipa profissional de ciclismo, na sequência dos controlos positivos aos seus ciclistas Nuno Ribeiro, Hector Guerra e Isidro Nozal. A equipa, que estava a disputar o Grande Prémio Liberty Seguros já abandonou a competição.
«A Liberty Seguros pauta-se pela honestidade, rigor e comportamento ético, pelo que não podemos nunca permitir uma situação destas», explicou o administrador José António de Sousa.
[notícia actualizada]
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