Maisfutebol

Argentina: os jogadores

1
Franco Armani (Getty)

FRANCO ARMANI

Data de nascimento: 16/10/1986

Clube: River Plate

Posição: Guarda-Redes

«Quando cheguei à Colômbia ninguém me conhecia, nem na Argentina. Nem estava no banco, tinha quatro guarda-redes à minha frente». Com essa ideia, Armani procurou uma vida fora de onde nasceu. Lutou muito, à maneira argentina, e os colombianos do Atletico Medellin abriram-lhe as portas para crescer ao mais alto nível. Isto antes de romper os ligamentos e pensar que ia tudo à vida. Foi a uma vidente que lhe falou do sucesso profissional, mas «depois dos 28 anos». E assim foi. Em 2018 chegou ao River. É um símbolo da era de Marcelo Gallardo e o guarda-redes argentino com mais títulos. É o único jogador a atuar no próprio país que estará no Qatar pela Argentina. Jogou na Rússia, em 2018, e foi titular em dois jogos.

2
Juan Foyth (Getty Images)

JUAN FOYTH

Data de nascimento: 12/1/1998

Clube: Villarreal

Posição: Defesa Central / Lateral Direito

«Juan Foyth é o futuro da seleção, se não estivermos preparados para ele cometer um erro…». Lionel Scaloni apoiou o seu defesa-estrela desde o primeiro momento em que o acrescentou à seleção, como parte da transição geracional que começou depois do Rússia 2018. Na altura avisou que a melhor forma de o fazer crescer era dar-lhe minutos. E ele errar. Foyth recompensou a confiança claramente, apesar de alguns altos e baixos próprios da juventude, a mesma com que chegou ao Tottenham, em 2017, ainda antes dos 20 anos. Nasceu em La Plata e fez apenas alguns jogos pelo Estudiantes. Tem cidadania espanhola, embora tenha escolhido a seleção argentina.

3
Argentina-Chile

NICO TAGLIAFICO

Data de nascimento: 31/8/1992

Clube: Lyon

Posição: Lateral Esquerdo

Os líderes aparecem logo no início. O espírito que fez Tagliafico sair de Rafael Calzada, em Buenos Aires, transformou a sua vida num filme sem meias medidas. Sempre jogou nos escalões jovens da Argentina, já jogou o Mundial da Rússia, e no princípio do ciclo de Scaloni era o capitão na ausência de Messi. No Independiente, aos 24 anos, tornou-se um dos mais jovens capitães. Afirmou-se no Banfield, passou pelo Murcia, destacou-se no Independiente e deu o salto para a Europa com o Ajax. Está atualmente no Lyon. «Hoje somos heróis, amanhã podemos ser o demónio. Estamos muito bem, mas o futebol é feito de ciclos», diz sobre o momento mágico que sobrevoa a seleção argentina.

4
GONZALO MONTIEL (Getty)

GONZALO MONTIEL

Data de nascimento: 21/8/1998

Clube: Sevilha

Posição: Lateral Direito

As meias ensanguentadas com que acabou a final da Copa América definem-no. Nem o sangue no tornozelo nem as dores insuportáveis o iam tirar de campo no dia em que a Argentina se consagraria ao fim de quase 30 anos de 'jejum'. A resiliência, no 'Cachete', é uma constante. Em criança perdeu o seu melhor amigo, o seu avô, assassinado quando vendia fruta num carro, em Gonzalez Catán, Buenos Aires. O menino de 7 anos, que na altura não entendia a morte nem os sonhos, olhou em frente. No River, o técnico Marcelo Gallardo era como um pai. Aos 24 anos já se afirmou na Europa, jogando pelo Sevilha.

5
LEANDRO PAREDES (AP)

LEANDRO PAREDES

Data de nascimento: 29/6/1994

Clube: Juventus

Posição: Médio

Estava a meio caminho de se tornar um médio criativo, ao melhor estilo de Juan Roman Riquelme, o seu maior ídolo no futebol. Nasceu em San Justo, Buenos Aires, e sonhava jogar pelo Boca, tal como Roman. O clube 'xeneize' recrutou-o, mas revelou-se uma experiência difícil: no treino levou uma pancada do guarda-redes Agustin Orion e teve uma dupla fratura no tornozelo. Aos 19 anos estava tudo a cair por terra. Depois de alguns jogos na equipa principal chegou à Europa: Roma, Chievo Verona, Empoli, PSG e, atualmente, Juventus, emblema no qual apreciam o seu magnífico talento. Foi Marco Giampolo, treinador do Empoli na altura, que propôs que jogasse a ‘6’. Tem sido inamovível na seleção argentina.

6
GERMAN PEZZELLA (AP)

GERMAN PEZZELLA

Data de nascimento: 27/6/1991

Clube: Betis

Posição: Defesa Central

Em março de 2018, como jogador da Fiorentina, entrou em campo com uma braçadeira especial: “#13 DA”. Foi um tributo a Davide Astori, companheiro de equipa encontrado morto uns dias, que era precisamente o capitão da formação 'viola'. O defesa que emergiu no River não hesitou: tinha de reconhecer o homem que lhe abriu portas e ajudou-o a adaptar-se à Europa. O temperamento, personalidade e (muita) convicção na tomada de decisão definem o defesa que joga pelo Betis e integrou todas as seleções jovens como capitão. Essa disciplina tornou-se parte dele em Bahia Blanca, na província de Buenos Aires, e fê-lo alcançar os sonhos futebolísticos que contemplam a primeira presença no Mundial.

7
Rodrigo de Paul  (AP Photo/Gustavo Garello)

RODRIGO DE PAUL

Data de nascimento: 24/5/1994

Clube: Atlético de Madrid

Posição: Médio

Do miúdo criativo que se via como um ‘10’, no início, hoje já quase nada permanece. Porque Rodrigo De Paul era um brilhante médio ofensivo quando começou no Racing, mas teve de se transformar quando chegou à Europa. Cresceu física e mentalmente. Desde a sua chegada à seleção que percebeu o seu lugar e o quanto podia apoiar Messi. E desde que Scaloni o fez alcançar o maior sonho da vida, ganhar um título pela Argentina, ele «está por tudo». 

8
Matheus Uribe e Marcos Acuña no Argentina-Colômbia (Gustavo Garello/AP)

MARCOS ACUÑA

Data de nascimento: 28/10/1991

Clube: Sevilha

Posição: Lateral Esquerdo

Com a força típica do sul da Argentina, é assim que joga Marcus Acuña, vindo de Zapala, uma cidade na qual jogar descalço na rua, com pedras e campos sem relva o fez mais forte. E mais perseverante, tanto que aceitou o ‘não’ em seis testes, quando era criança. O atual jogador do Sevilha, que começou a jogar no Ferro, na imensa cidade de Buenos Aires, fez o seu caminho e afirmou-se no Racing quase ao mesmo tempo em que as portas da seleção se abriram para ele. ‘O Ovo’, que passou pelo Sporting, é aquele jogador que está disponível para qualquer função. De baixo perfil, posicionalmente versátil e inteligente. É por isto que vai jogar o seu segundo Mundial.

9
JULIAN ALVAREZ (AP)

JULIAN ALVAREZ

Data de nascimento: 31/1/2000

Clube: Manchester City

Posição: Ponta-de-lança

Será, talvez, a maior revelação do futebol argentino nos últimos anos. Aos 21 anos saltou para a elite, juntando-se ao poderoso Manchester City de Pep Guardiola, recheado de estrelas, e onde se parece ter adaptado bem. De Calchin, Cordoba, rumou ao River, e daí deve um crescimento sustentável ao treinador Marcelo Gallardo. A moderação e simplicidade de Julian definem-no. Sem grande ruído, sabia como chegar à seleção, esperou pelo seu momento, e conquistou o sonho quando tinha de ser. Tem a versatilidade a seu favor: joga onde lhe pedirem. Cresceu com um poster de Messi e hoje é seu colega.

10
Brasil-Argentina

LIONEL MESSI

Data de nascimento: 24/6/1987

Clube: PSG

Posição: Segundo Avançado

O grande ídolo do futebol contemporâneo anunciou que o Qatar 2022 «será, de certeza, o último Mundial». O quinto torneio para o capitão argentino, nascido em Rosario, que se quer livrar da 'pedra no sapato' de nunca ter vencido o Mundial, especialmente no Brasil 2014, no qual foi finalista. Vencer um título pela seleção, contudo, é um feito já garantido: levantou a Copa América para a Argentina, quase 30 anos depois. Se antes disso o delírio com Messi na Argentina já era imenso, o que acontece hoje não pode ser explicado. Especialmente pelos mais novos. ‘La Pulga’ está preparada como nunca. E vai para tudo: o título e os recordes mais espetaculares.

11
Di María

ANGEL DI MARÍA

Data de nascimento: 14/2/1988

Clube: Juventus

Posição: Extremo Direito

A primeira transferência da carreira de Angel Di María custou 25 bolas de futebol. E foi entre o Rosario Central e o El Torito, um clube do bairro em que cresceu o agora jogador da Juventus. Poucos podiam prever o que aconteceria a seguir. Talvez a mãe, que o levava aos treinos todos os dias e pedalava mais de 45 minutos, da sua casa, no humilde bairro de Le Pedriel. Ou isso ou ensacar carvão na garagem com o pai para ganhar dinheiro. Os contratempos não intimidaram Angel, nem os insultos que recebia por ser muito magro. Andou pelas melhores ligas do mundo e é uma bandeira da seleção. Vai jogar o seu quarto Mundial no Qatar, após dar a Copa América à Argentina, marcando o golo na final, frente ao Brasil.

12
GERONIMO RULLI (AP)

GERONIMO RULLI

Data de nascimento: 20/5/1992

Clube: Villarreal

Posição: Guarda-Redes

Pouco depois de bater o recorde de 588 minutos sem sofrer um golo, no Estudiantes, o clube para o qual nasceu para o futebol, Geronimo Rulli mudou-se para a Europa com apenas 20 anos e começou uma jornada que o levou primeiro à Real Sociedad, depois ao Montpellier, e por fim ao Villarreal, no qual é um verdadeiro herói pela sua exibição na conquista da Liga Europa do ano passado. Não foi chamado para os últimos torneios da Argentina. E, já agora, não foi chamado para a Copa América 2021. «Vejo-me com o nível para discutir o lugar. Se não estivesse num bom nível nem seria parvo a pensar isso. Depois é decisão do treinador. Essa é a chave», diz. A ilusão do Qatar mantém-no focado.

13
Cristián Romero

CRISTIAN ROMERO

Data de nascimento: 27/4/1998

Clube: Tottenham

Posição: Defesa Central

Tudo na vida de Romero dava um filme. Impressiona hoje com a sua classe no Tottenham, mas há cinco anos nem sabia o que queria fazer na vida. Na sua cidade, Córdoba, não conseguiu o melhor acordo quando se estreou na primeira divisão pelo Belgrano, e pensou em deixar o futebol. Itália foi o seu grande salto. É um dos 'novatos' da equipa de Lionel Scaloni e ganhou logo a titularidade pela sua classe e espírito único. Com ele em campo a Argentina ainda não perdeu. Chegou à seleção duas semanas antes da Copa América e afirmou-se. «Criámos uma grande ambição, isso é bom, mas temos de ter os pés na terra porque há muitas seleções fortes», diz ‘El Cuti’ sobre o Mundial.

14
EXEQUIEL PALACIOS (AP)

EXEQUIEL PALACIOS

Data de nascimento: 10/5/1998

Clube: Bayer Leverkusen

Posição: Médio

Joga com a mesma tranquilidade com que vive na cidade de Famailla, no norte da Argentina, na província mais pequena: Tucuman. Esse sítio, que é apelidado de 'Jardim da República', devido à sua beleza única, assistiu ao nascimento do médio que emigrou com a sua família para Buenos Aires aos sete anos, e depois foi visto por um scout do River Plate. No 'Millionario', Marcelo Gallardo estreou-o na equipa principal aos 16 anos. Em 2019 era impossível recusar as ofertas: assinou pelo Bayer Leverkusen, da Bundesliga, e no país o do seu ídolo Toni Kroos, do qual «devorava» jogos para aprender. À partida para o Mundial, diz: «Há recursos humanos, jogadores, e temos o melhor do mundo. Como não podemos estar entusiasmados?»

15
ANGEL CORREA (GETTY)

ÁNGEL CORREA

Data de nascimento: 9/5/1995

Clube: Atlético Madrid

Posição: Avançado

Cresceu na pobreza, no extremamente perigoso bairo de Las Flores, onde as crianças, por serem muito pobres, têm uma baixa esperança média de vida. Eram oito irmãos e a mãe diz que Ángel dizia muitas vezes que não queria comer, por saber que não havia suficiente para todos. Fez da sua missão ajudar a família, depois da morte prematura do pai. Ángel limpava a terra das ruas a jogar futebol e o San Lorenzo viu-o. A partir dos 15 anos vivia por baixo de uma das bancadas e sonhava entrava no relvado, um dia. Saltou para a Europa e para o Atlético de Madrid, mas a estreia foi adiada porque pouco depois encontraram um tumor (benigno) no seu coração. Hoje cresce com Diego Simeone no ‘Atleti’ e com Scaloni na seleção.

16
THIAGO ALMADA (GETTY)

THIAGO ALMADA

Data de nascimento: 26/04/2001

Clube: Atlanta United

Posição: Médio Ofensivo

Os últimos meses têm sido um turbilhão para o jogador de 21 anos. Fez a estreia pela seleção e foi elogiado por Messi, que o classificou como um jogador «muito inteligente e muito rápido, que não tem medo de nada». Ganhou o prémio de estreante do ano na MLS, por força do impacto que teve na equipa de Atlanta United, que reforçou depois de ter deixado o Vélez Sarsfield por 16 milhões de dólares, um recorde da liga norte-americana. Depois viveu a desilusão de ficar fora do Mundial, mas as lesões de alguns compatriotas deram-lhe uma segunda oportunidade. «É o dia mais feliz da minha vida», reagiu. «Significa tudo, para mim e para a minha família». Nem tudo foi positivo, em todo o caso: no ano passado gerou polémica ao festejar um golo com um gesto racista que os adeptos do Vélez fazem regularmente para assinalar a conquista da Taça Intercontinental em Tóquio, em 1994. Thiago falou disso quando foi jogar para a MLS: «Apenas quero dizer que peço desculpa. Sei que foi inaceitável. Peço desculpa a todos os adeptos.» 

17
Papu Goméz (AP)

ALEJANDRO 'PAPU' GOMÉZ

Data de nascimento: 15/2/1988

Clube: Sevilha

Posição: Médio ofensivo

«O meu sonho é estar na 'Casa Rosada' e atirar-me da varanda com as pessoas. É o que sonhamos. Depois de tantos anos ia ser algo extraordinário». A afirmação define 'Papu' Gomez, o 'maluco' da seleção Argentina que, com o seu humor e autoconfiança, também pertence ao círculo de amigos de Messi. A 'Casa Rosada' é a residência presidencial na Argentina, e grandes personalidades apareceram na icónica varanda que tem vista para a Plaza de Mayo, incluindo Diego Armando Maradona, a mostrar a taça do Mundial 1986. 'Papu' e companhia sonham com a mesma ‘loucura’. O médio que apareceu no Arsenal Sarandi e passou pelo San Lorenzo, construiu uma bela carreira na Europa (Catania, Metalist, Udinese, Atalanta e Sevilha). Vai jogar o primeiro Mundial.

18
Guido Rodríguez (AP)

GUIDO RODRÍGUEZ

Data de nascimento: 14/4/1994

Clube: Betis

Posição: Médio defensivo

Guido Rodriguez deu um passo atrás ao deixar o River Plate, clube em que se formou, para se afirmar no Defensa y Justicia, e ir rapidamente para um destino improvável: o México. No Tijuana encontrou o seu lar, e no América acabou por se consagrar antes de rumar ao Betis, pelo qual joga atualmente. De Saenz Peña, em Buenos Aires, deu o salto para a elite, e ainda que fosse localmente desconhecido, acabou por assentar na estrutura da seleção de Scaloni. Marcou um golo importante na Copa América que a Argentina venceu no ano passado, e é o suplente de Leandro Paredes, embora também possam partilhar o meio-campo.

19
Argentina-Brasil (AP)

NICOLÁS OTAMENDI

Data de nascimento: 12/2/1988

Clube: Benfica

Posição: Defesa Central

É uma das grandes referência da seleção de Scaloni. Embora apenas dois vice-campeões de 2014 permaneçam na equipa – Messi e Di María –, Otamendi está nesse grupo. Diego Maradona estreou-o na seleção em 2009 e levou-o à África do Sul, em 2010. Ficou de fora em 2014 e voltou para a Rússia em 2018. Será o seu terceiro Mundial. Na Argentina jogou apenas no Velez, clube ao qual chegava de comboio, depois de apanhar três autocarros com a mãe. FC Porto, Atlético Mineiro, Valência e Manchester City foram as passagens antes do atual clube, o Benfica. Tem um dos melhores amigo na equipa: Rodrigo De Paul, padrinho do seu segundo filho, Valentín.

20
Alexis Mac Allister (AP)

ALEXIS MAC ALLISTER

Data de nascimento: 24/12/1998

Clube: Brighton

Posição: Médio Ofensivo

Filho de um jogador de futebol e irmão de outros dois, Alexis Mac Allister não conseguiu evitar sonhar com a bola. Concretizou um desses sonhos, ao jogar com Francis e Kevin no clube das suas origens, Argentinos Juniors. Mas rapidamente se mudou para o Boca e depois para Inglaterra, onde defende as cores do Brighton. «Somos jogadores de futebol porque é o que queríamos ser», diz frequentemente, para se separar da história do seu pai, Carlos, que não lhes facilitou nada a vida, de acordo com o próprio, fazendo-lhes perceber o valor do esforço. Sonha com a seleção e diz que o selecionador tem um dom: diz as coisas aos jogadores como elas são e nunca lhes mente.

21
Dybala (AP)

PAULO DYBALA

Data de nascimento: 15/11/1993

Clube: AS Roma

Posição: Segundo Avançado

A pressa com que Paulo Dybala explodiu no futebol argentino, com o Instituto de Cordoba, também o levou rapidamente à Europa. Primeiro no Palermo e depois na Juventus, justificou a alcunha 'La Joya'. Esta época mudou-se para a Roma. Receberam-no como um gladiador, até porque diz que viu o homónimo filme umas 30 vezes. Filosofia de vida? Joga pela seleção desde 2015 e foi ao Mundial em 2018, embora nunca tenha 'explodido'. Perdeu o pai aos 15 anos, o que o fez voltar à sua cidade, Laguna Larga, permanentemente. Depois mudou de ideias. Desde aí joga por ambos.

22
Finalíssima: Itália-Argentina (EPA/DANIEL HAMBURY)

LAUTARO MARTÍNEZ

Data de nascimento: 22/8/1997

Clube: Inter

Posição: Ponta-de-lança

Em algum lado arranjou o espírito combativo com que vai a cada bola, e a força mental que lhe permite ser frio e decisivo nas horas importantes. Talvez seja genético e tenha herdado isso da avó que, há 50 anos, foi «transgressora» por querer jogar futebol. Ou pelo lado do pai, que teve o mesmo sonho. «Nunca me faltou comida ou uma bola de futebol«, diz ‘El Toro’ quando fala das suas origens em Bahia Blanca, Buenos Aires. Define esse lugar como o seu mundo, embora hoje viva sob as luzes de Milão, onde joga no Inter. Futebolisticamente falando, afirmou-se no Racing e tatutou: «O que não me mata torna-me mais forte». Sabe o que quer, como poucos.

23
Emiliano Martínez (AP)

EMILIANO MARTÍNEZ

Data de nascimento: 2/9/1992

Clube: Aston Villa

Posição: Guarda-Redes

Nunca jogou na primeira divisão argentina, mas não desistiu. Andou pela Europa durante 13 anos, até encontrar o seu lugar: o Aston Villa. Em junho de 2021 fez a sua estreia pela albiceleste e foi herói (junto de Messi) na Copa América que a Argentina venceu ao fim de 28 anos. «Jogo sempre com um propósito», diz. E mantém a convicção de que, «com a seleção, as pessoas juntam-se». Confessa que está preparado para ser o melhor guarda-redes do Mundial e sonha levantar a taça. Quer jogar, tal como em criança, em Mar del Plata, quando o pai só lhe conseguia comprar luvas baratas e os outros rapazes riam-se. Para ele essas luvas eram um orgulho.

24
Enzo Fernández (Selección Argentina)

ENZO FERNÁNDEZ

Data de nascimento: 17/1/2001

Clube: Benfica

Posição: Médio

Está no Qatar porque se esforçou imenso, com prestações de alto nível, maturidade e golos. E porque 'forçou' Lionel Scaloni a considerá-lo, apesar de não ter feito parte da equipa que garantiu a presença no Mundial. Enzo entrou em cena no River, com ferocidade, tendo adquirido ritmo no Defensa y Justicia antes de regressar ao River para a consagração. E saiu em grande. Com apenas 21 anos chegou esta época ao Benfica, tornando-se um líder. Os maiores clubes europeus já o têm no radar. Nasceu em San Martin, Buenos Aires, e deve o seu nome a um tributo da família a Enzo Francescoli, ídolo uruguaio do River Plate e de Zinedine Zidane.

25
Lisandro Martínez (AP)

LISANDRO MARTÍNEZ

Data de nascimento: 18/1/1998

Clube: Manchester United

Posição: Defesa Central

O rebelde adolescente de Entre Ríos, na costa argentina, teve um dia de escolher. Ou usava o seu talento no futebol ou trabalhava na construção com pai para ter dinheiro para comer. Escolheu a primeira opção e acabou no colégio interno do Newell’s Old Boys, em Rosario. Fez um jogo, foi questionado e procurou outras direções. Afirmou-se no Defensa y Justicia antes de rumar ao Ajax. Hoje no Manchester United, é o único que pode dizer que joga com Cristiano Ronaldo no clube e com Messi na seleção. Quebrou o mito de que um jogador 'baixo' não pode ser central. «Quanto mais me diziam isso, mais queria ser melhor», diz. Quando pode, visita a sua casa de infância, para se recordar das origens.

26
Nahuel Molina na seleção da Argentina

NAHUEL MOLINA

Data de nascimento: 2/12/1997

Clube: Atlético de Madrid

Posição: Lateral Direito

A camisola e calções do Barcelona pareciam muito grandes para o menino Molina, que corria com a bola pelas ruas de Córdoba. Mas usava-as com orgulho e imaginava-se lá. Tal como no dia em que entrou na escolinha do Barcelona em Buenos Aires. O Boca Juniors captou o seu talento e destacou-se na formação, mas quase nem se estreou. Saiu sem assinar contrato, tendo jogado depois no Defensa y Justicia e Rosario Central. Acabou na Udinese, destacou-se, e chegou esta temporada ao Atlético de Madrid. Estreou-se pela seleção em junho de 2021 e, um mês depois, era campeão da América aos 23 anos.

 

Textos de Vanesa Valenti, que escreve para o La Nación.

 

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