O grupo dos sete países mais desenvolvidos do mundo (G7) anunciou esta segunda-feira que concorda com o plano da Administração Bush para solucionar a crise financeira.

«Acolhemos favoravelmente as medidas de carácter extraordinário tomadas pelos Estados Unidos para melhorar a estabilidade», refere o comunicado do G7.

No entanto, o referido grupo de países recusou complementar o pacote de ajuda americano. Segundo o ministro das Finanças alemão, Peer Steinbrük, citado pela «AFP», a situação nos outros países do G7 (Reino Unido, Itália, Canadá, França, Alemanha, EUA e Japão) é distinta da registada na maior economia do mundo, pelo que não se está a pensar num programa semelhante ao anunciado pela Administração Bush em nenhum outro país.

Seinbrük pediu igualmente à Comissão Europeia para ser flexível no seu controlo, caso se verifique instabilidade em algumas instituições financeiras europeias.

Recorde-se que, este fim-de-semana, o Estado norte-americano anunciou um pacote de soluções estimado em 485 mil milhões de euros (ou seja, 700 mil milhões de dólares) para prestar pronto-socorro ao sistema financeiro.

Assim, as Finanças (e, consequentemente, o dinheiro dos contribuintes) sustentarão um fundo até ao valor avançado, assumindo o encargo das instituições financeiras durante dois anos, incluindo os activos imobiliários que potenciem a crise.

Desta forma, o Departamento do Tesouro norte-americano compromete-se a adquirir activos de qualquer instituição «com sede nos Estados Unidos» e as Finanças terão a possibilidade de, sempre que assim o desejarem, manter em seu nome os activos recuperados.