Edite Fernandes chegou ao topo da carreira. A jogadora internacional portuguesa vai jogar na próxima edição da W-League dos Estados Unidos, com a camisola do Santa Clarita Blue Heat, equipa de Los Angeles, Califórnia. É a primeira a consegui-lo, depois da luso-americana Kimberly Brandão, nascida em Nova Jersey.

«Isto era um sonho que procurava, é o topo, a cereja no cimo do bolo, a melhor liga de futebol do mundo», disse, com entusiasmo, Edite Fernandes ao Maisfutebol, nesta quinta-feira.

Vão ser quatro meses para «desfrutar ao máximo» um campeonato que se disputa entre Maio a Agosto. «Importa chegar e fazer o melhor que sei, dar o melhor de mim em prol de um projecto ambicioso, que passa por ganhar a W-League e subir à liga principal», antecipou a ainda jogadora do Saragoça, de Espanha.

Isto porque a W-League não é a WPS-League, esta última onde joga Marta, a melhor jogadora do mundo. «É uma segunda liga com acesso à principal, que é muito restrita, só tem seis equipas e não pode ter mais do que cinco estrangeiras por equipa. Na W-League há mais jogadoras de outros países», explicou.

Depois de passagens pela China, Inglaterra, Espanha e Noruega (sétima no ranking mundial), Edite Fernandes aguarda, ansiosa, pelo fim da competição espanhola para dar mais um passo importante na carreira. «Quero representar da melhor forma o futebol feminino português e mostrar que as portuguesas têm valor para jogar nas melhores ligas do mundo», defendeu a internacional portuguesa, para quem, consumada a experiência nos Estados Unidos, ficará por concretizar uma meta: «Disputar uma fase final de um Europeu ou Mundial. Acredito que estamos muito perto de consegui-lo.»