Paulo Sérgio e Carlos Carvalhal são treinadores comuns nos currículos de Ricardo (P. Ferreira) e Jorge Gonçalves (V. Guimarães), jogadores que conheceram o futuro a actual técnico do Sporting em momentos distintos da carreira. Em comum têm, ainda, as recordações do Jamor.

Para o defesa do P. Ferreira, falar de Paulo Sérgio é fácil. Afinal, foram cerca de duas épocas e meia juntos, desde o Beira Mar até P. Ferreira. Também em Aveiro conheceu Carlos Carvalhal, mas o momento delicado da equipa não era o melhor para estreitar relações.



«Foram dois treinadores com os quais tive o prazer de trabalhar. Fui treinado por Carvalhal numa altura complicada, em que lutávamos para não descer [Beira Mar], mas registei a grande qualidade de treino e do homem.

Com Paulo Sérgio, as afinidades são maiores, pois estive com ele no Beira Mar e mais época e meia no P. Ferreira. É um grande treinador, um grande homem, um grande líder e que não me surpreende que tenha sido contratado pelo Sporting», analisou o central, em conversa com o Maisfutebol.

Com ambos cresceu como jogador, «sem dúvida», ainda que os ensinamentos do futuro técnico leonino estejam mais presentes. No P. Ferreira acredita estar a realizar «se não as duas melhores épocas da carreira pelo menos as mais conseguidas» e, para tal, o contributo do antecessor de Ulisses Morais foi determinante.

Em final de contrato com o P. Ferreira e apontado como reforço do V. Guimarães para a nova época, Ricardo disse que tudo não passa de «especulação». «Desde que o Paulo Sérgio saiu do P. Ferreira, em Outubro passado, que dizem que vou para o V. Guimarães, pois foi com ele que fui do Beira Mar para o P. Ferreira», justificou Ricardo, concentrado na recta final do campeonato e com o futuro nas mãos do empresário.

Com Paulo Sérgio, Ricardo disputou a final da Taça de Portugal com o F.C. Porto na época passada, «momento marcante» na sua carreira, tal como foi para Jorge Gonçalves, então no Leixões.

Ao contrário de Ricardo, Jorge Gonçalves recorda esse momento na perspectiva de um jovem de 18 anos. Era júnior, treinava com os seniores durante a semana e ouviu da boca de Carvalhal o que não acreditava mas desejava.

«Fui convocado para a final da Taça de Portugal.Foi um prémio pelo meu trabalho. Apesar de não ter jogado, foi um marco importante, pois tinha apenas 18 anos, foi um dia único», lembrou o médio do V. Guimarães, em conversa com o Maisfutebol. «Com o Paulo Sérgio o objectivo ainda está por conseguir, mas garantir a presença nas competições europeias será mais um marco na minha carreira», ambicionou.

Alinhava ainda pelos juniores quando conheceu Carlos Carvalhal, recebeu os ensinamentos de Paulo Sérgio já formado, depois de acordado o empréstimo do Racing Santander ao clube minhoto. «Aprendi muito a treinar com os seniores do Leixões, mas este também foi um ano de aprendizagem no Vitória. Tanto um como outro mostraram o devido valor e mereceram a oportunidade de treinar o Sporting», defendeu Jorge Gonçalves, que recentemente rescindiu contrato com o Racing Santander e no final da época será um jogador livre.