A Galp reduziu a aposta na produção e geração de electricidade, tendo já inclusive baixado o investimento nesta área.

A petrolífera nacional decidiu partilhar centrais de ciclo combinado e desistir de liderar o consórcio que tinha estabelecido para as eólicas.

Em Maio, a empresa liderada por Manuel Ferreira de Oliveira anunciou ao mercado o seu novo plano de investimentos até 2013 onde se destacaram o investimento em exploração e produção de petróleo que atingia os nos 1.900 milhões de euros e o investimento em Gás e Electricidade (G&P) que passava os 1.100 milhões de euros para 400 milhões.

«A GALP não tem dinheiro para fazer tudo ao mesmo tempo: ir para o Brasil e desenvolver os projectos que tinha anteriormente. Ou aumentavam o capital ou faziam a reprogramação dos projectos na área do G&P», disse à Lusa um analista de mercado, que revelou ainda que do corte global de 900 milhões de euros, 700 milhões dizem respeito ao Gás e Electricidade.

«O novo plano marca o momento em que a GALP passa de uma estratégia multienergia para se centrar no seu principal negócio, o petróleo», atirou.

Já no que diz respeito às hídricas, a petrolífera acabou por não apresentar propostas em nenhum dos dez concursos do novo Plano Nacional, tendo só adquirido peças do concurso (uma fase preliminar) numa delas: Foz-Tua (ganha pela EDP).

Do lado das eólicas, a GALP desistiu da liderança do consórcio Ventinvest, uma empresa que também está presente nas renováveis.