O português elogiou também o «amigo» Marco Silva, considerando que o agora técnico do Olympiakos tem capacidade para chegar a um grande clube europeu.
Como vê esta transferência de Bruno César para o Sporting?
Para mim não foi uma surpresa, porque era um titular aqui no Estoril e já tinha trabalhado com o Jorge Jesus. Sabíamos que tinha uma cláusula no contrato que lhe permitiria rescindir com o clube se aparecesse uma proposta. Foi bom para ele ter conseguido, porque as coisas correram-lhe bem, mas de certa forma também é resultado do trabalho dele connosco. Vamos sentir falta dele obviamente, porque era titular e um jogador com características próprias. Se será uma mais-valia para Jesus só ele poderá responder, mas se o contratou é porque acredita que sim.
Fala-se muito do excesso de peso dele. O Yohan via-o nos treinos, acha que isso faz sentido?
Eu acho que não. Se calhar tem um metabolismo que engana as pessoas, mas trabalha intensamente como qualquer outro dos jogadores.
O seu nome foi associado ao Olympiakos no último mercado de transferências. Recebeu de facto uma proposta do clube grego?
Eu não vi nada e também não me compete a mim falar disso. Se o empresário e o clube não têm acordo, não posso falar muito nisso. Ligaram-me algumas pessoas, e falaram comigo, mas neste tipo de negócios nunca sabemos se é verdade ou não.
A propósito de Marco Silva, tem acompanhado a carreira dele na Grécia?
Considero o Marco um amigo meu. No futebol não são muitos os amigos que tens, há muitos colegas mas poucos amigos. Eu acompanho sempre que possível o trabalho dele. Não me surpreende porque conheço o homem e o profissional, e está a “safar-se” muito bem. Espero que consiga passar na Champions e acredito. No campeonato, é a primeira vez que o clube tem tantas vitórias. Acho que o Marco vai dar um salto ainda maior, e tem de ser um grande clube, porque pela forma de jogar, tem de ser um clube preparado para um bom futebol.
Porque acha que correu mal a experiência dele no Sporting?
Eu acho que ele estava preparado para dar o salto. Na minha opinião pessoal, o problema foi no plano extradesportivo, talvez nas relações com o presidente, a forma do presidente lidar com ele. Não acredito que tivesse sido um problema de campo, nem com os jogadores.
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