Rodrigo Battaglia viu a carreira interrompida no melhor momento da carreira. Depois do Mundial 2018, o médio foi chamado duas vezes à seleção argentina, até ver toda a progressão ser quebrada por uma grave lesão que o afasta dos relvados há quase um ano.

Agora, em entrevista ao Maisfutebol, Battaglia confessa que vai trabalhar para voltar à seleção, mas se isso não acontecer, não há problema: já vai morrer orgulhoso. Pelo caminho falou dos elogios do selecionador Scaloni e de como a lesão o tornou mais maduro.

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Sente que a lesão aconteceu no melhor momento da sua carreira?
Sim, sim, tinha também acabado de chegar à seleção argentina, o que foi um prémio, porque lutei muito para chegar ali. No momento em que isso aconteceu tive esta lesão, o que me deixou triste, mas vou trabalhar para um dia voltar. Mas se não voltar, posso morrer descansado porque já vesti a camisola mais bonita do mundo.

Mas é um objetivo seu regressar, certo?
Sem dúvida que vou trabalhar para voltar. Mas, como digo, se não voltar, no dia em que morrer, vou morrer orgulhoso porque já consegui chegar lá.

A verdade é que ainda outro dia o Scaloni falou de si, dizendo que estava a apostar muito no Battaglia. Como é que recebe este tipo de mensagens que chegam da Argentina?
Essa mensagem foi-me enviada por um amigo, que me disse ‘olha, Rodri, o Scaloni falou de ti’. Fico orgulhoso e fico feliz, mas também fico mais ansioso e triste, porque penso que este podia estar a ser um grande momento para mim. Acima de tudo tenho de ter força para seguir em frente.

Mas voltar à seleção argentina, até pelo passado recente, acabará por ser uma ambição natural, ou não?
Sim, sem dúvida. É o objetivo de qualquer jogador. Já o consegui cumprir, mas quero mais.

Aos 28 anos sente que ainda vai a tempo de recuperar tudo o que este ano perdido lhe roubou?
Por um lado, este ano tirou-me algumas coisas, sobretudo tempo de jogo. Jogar, e jogar, e jogar, que é o que mais gosto. Competir. Por outro lado, sinto que aprendi muito com esta lição, não tanto em relação ao futebol, mas sobretudo em relação à vida. Antes criticava-me muito a mim mesmo e não me perdoava alguns erros dentro de campo. Agora estou muito mais maduro.