O Estádio Santiago Barnabéu, do Real Madrid, era um dos alvos da célula de terroristas islâmicos que planeava vários atentados na capital espanhola e que ontem prestou declarações diante do juiz da Audiência Nacional, Baltasar Garzón.
O auto de prisão emitido esta terça-feira pelo magistrado espanhol contra quatro dos 13 membros da rede detidos na passada quinta-feira, revelou que o grupo de terroristas tinha em sua posse documentos onde figurava o nome do Santiago Barnabéu como um dos alvos do grupo. Além do estádio do Real Madrid, na mira dos terroristas estariam também as estações de Atocha e Príncipe Pio, a Torre Picasso, a sede do Partido Popular e o Palácio de Exposições e Congressos de Madrid.
O nome do Estádio Santiago Barnabéu surgiu também na investigação dos atentados de 11 de Março. A comissão que investiga o massacre ocorrido na capital espanhola recebeu uma declaração emitida por um alferes da Guardia Nacional na qual figurava o nome do estádio da equipa madridista.
Recorde-se que o Santiago Barnabéu já foi alvo de um atentado terrorista da ETA a 1 de Maio de 2002, antes da meia-final da Liga dos Campeões entre o Real Madrid e o Barcelona, quando um carro bomba explodiu frente ao estádio, causando 17 feridos.